Douglas Rezende
"Talvez dês esmolas. Mas, de onde as tiras, senão das tuas rapinas, das lágrimas, dos suspiros? Se o pobre soubesse de onde vem o teu óbulo, ele o recusaria porque teria a impressão de morder a carne de seus irmãos e sugar o sangue de seu próximo. Ele diria essas palavras corajosas: não sacies a minha sede com lágrimas dos meus irmãos. Não dês ao pobre o pão endurecido com os soluços de meus companheiros de miséria.
Devolve ao teu semelhante aquilo que reclamaste e eu te serei muito grato. De que vale consolar um pobre, se tu fazes outros cem?" Gregório de Nissa
De onde vem o dinheiro que graça templos épicos? Que movimenta o show dos megaeventos destituídos de sentido, com um cristo exposto como a profundidade de um oceano vazio? Que incendeia a loucura da corrida do ouro aos pés de barro com mãos sujas de sangue?
Que dessacraliza o sagrado, subjugando-o á temáticas que interpretam a floresta a partir de um graveto, rasgando o todo em tudo? Que alimenta mas não sacia, pois saciar-te é libertar-te de mim?
E Amós, gente simples que foi, que como Cristo, também não frequentava o teto dos grandes edifícios eclesiásticos, aprendeu a profundidade da justiça divina ao se deparar com estranhos ruminantes de Basã, que se entendiam racionais, porém, em espírito soberbo negligenciavam o entendimento, exploravam os humildes para enriquecer pescoços e adornar com brincos de ouro focinhos de porcos.
A prata e o ouro em sua ferrugem darão testemunho contra vós.
O clamor daqueles de onde a esmola se originou, chegou até o ouvido do Senhor dos exércitos, e Ele, em sua glória e amor, estabelecerá seu Reino sobre tudo e em todos, não mais em partes, mas agora face a face, de onde a justiça é frutificada em Paz e comunhão.
Fonte: REDE FALE PR
25.8.09
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