As redes sociais virtuais trazem uma espécie de disputa por um número cada vez maior de “amigos” ou seguidores nos seus Orkuts, Facebooks, Linkedin ou Twitter. Acontece que, sabidamente, há um limite no número de relacionamentos estreitos que conseguimos alimentar de forma consistente. Esse número não passa de um pouco mais de 100.
É claro que há formas de interação que dispensam uma intervenção um a um, caso do Twitter, por exemplo, onde há a figura de simples seguidores. Mas, de qualquer maneira, questiona-se o excesso de valorização do virtual, em detrimento do físico, real.
Há dois anos, assisti a uma palestra no Cannes Lions que tratava exatamente desse tema. O assunto era o Second Life, surgido como a nova grande tacada do mundo virtual, e que praticamente sucumbiu à realidade de que ainda temos muito a fazer na nossa first life. Sou daqueles que acreditam muito na rede de relacionamentos. Tenho feito parte de associações, comitês e confrarias há muito tempo.
Apesar de trocarmos experiências virtuais, os momentos mais ricos são exatamente aqueles em que há a oportunidade de encontros presenciais. A força dos relacionamentos parece estar na combinação da facilidade do virtual com experiências reais, no campo físico.
Alexis Pagliarini, no Propaganda & Marketing.
Um comentário:
Vai chegar a hora em que descobriremos que a grande razão dos EUA serem o que são economicamente falando é o fato de que eles são o país com o maior número de Associações, ONG´s, etc.
Vale lembrar que as ONGs têm assento na ONU e, que em vista dos EUA terem o maior número de associações e ongs, este assento é deles também.
Há até mesmo um movimento para a criação de um Associação Mundial de Associações e ONGs e cujo primeiro presidente viria a ser o ex-presidente norte-americano, Mr.Bill Clinton.
Quando vejo ou ouço de igrejas proibindo seus adolescentes de acessar a internet, de jogar jogos computadorizados, fazer parte de redes de relacionamento virtuais, fico pasmo!
Nossos pais tiveram seus amigos e eles se perderam pelos caminhos do tempo. Nós, e principalmente nossos filhos e sobrinhos, levarão consigo seus amigos por quais caminhos decidirem caminhar. Daqui 30 ou 50 anos, alguém poderia até mesmo estar em Marte, como amigos eles continuarão se vendo, conversando, trocando experiências, crescendo juntos. Basta tê-los no Facebook, no Orkut...
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