29.8.09

Harry Potter encontra Deus

A princípio, o mundo da religião não ficou particularmente entusiasmado com a chegada do menino Potter. Por vários anos, a série Harry Potter, de J. K. Rowling, esteve no topo das listas da Associação Americana de Bibliotecas de livros mais desafiadores (razões citadas em 2001: "antifamília, ocultismo/satanismo, ponto de vista religioso e violência").

Protestantes evangélicos questionavam: a representação positiva da bruxaria desencaminharia crianças? E alguns católicos também estavam preocupados. Do cardeal Joseph Ratzinger (hoje Papa Bento XVI), que alertou que "seduções sutis" no texto poderiam "corromper a fé cristã", ao reverendo Ronald A. Barker, sacerdote de Wakefield que arrancou os livros da biblioteca escolar de sua paróquia.

Mas, nos últimos anos, escritores e pensadores religiosos passaram a se entusiasmar por Harry - tanto a Christianity Today, uma revista evangélica, quanto L'Osservatore Romano, o jornal do Vaticano, elogiaram o último filme. O Christian Broadcasting Network, canal de Pat Robertson, apresenta em seu website uma seção especial sobre A Controvérsia de Harry Potter, que reconhece que "importantes pensadores cristãos têm opiniões muito diferentes sobre os produtos Harry Potter e como os cristãos devem responder a eles".

Ético, positivo e tolerante

Ao mesmo tempo, estudiosos da religião começaram a desenvolver uma abordagem com maiores nuances sobre o fenômeno Potter, com alguns argumentando que a extremamente popular série de livros e filmes contém mensagens éticas positivas e um arco narrativo que vale a pena ser examinado academicamente e até teologicamente.

Os acadêmicos estão interessados sobretudo no que os livros têm a dizer sobre os dois grandes temas --> Leia + AQUI

fonte: Terra Arte

Um comentário:

Charles A. Müller disse...

Quem sabe uma tentativa de J.K. Rowling (autora de Potter) em reduzir a forte (e justa) oposição cristã à sua obra.
Essa idéia de que o "bruxinho é do bem" ou que "exageramos nas críticas, não é bem assim" não consegue nos fazer esquecer o que a Bíblia diz sobre feitiçaria. Nem a forma que os não bruxos são citados na obra: trouxas.
Antes de aplaudirmos Rowling, devemos notar que tipo de ensino a escolinha de bruxos apregoa. E que tipo de brincadeira ritualística as crianças fazem com isso. Depois de assistir a 2 filmes da série, em meio a muito efeito especial e boa produção, que a mensagem que percebi é a de um jovem em busca do conhecimento das coisas ocultas, da magia, da feitiçaria. Conhecimento para torná-lo um bruxo poderoso e se vingar de quem matou seus pais. Poder, vingança, conhecimento do oculto... que tipo de valores são estes?
Só para efeito de comparação, com uma obra realmente cristã, Nárnia (de C.S. Lewis) tem outra mensagem: a salvação do "filho de Adão" pelo sacrifício de amor do "leão que se deixa morrer como cordeiro". E os valores são o respeito aos animais, a valorização da família e da amizade, a lealdade e o perdão.
Notaram a diferença?

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