30.8.09

Saia justa


Evanir Abreu de Campos, 40, percorre as ruas do Parque Lageado, região oeste de Campo Grande (MS), para trabalhar. Agente do Programa de Saúde Familiar (PSF), o trabalho dela é prestar orientações, pesar crianças e encaminhar pacientes, se necessário, para o posto de saúde da área. Evangélica, Evanir sempre usa a camisa do uniforme com uma saia, peça que de uma escolha pessoal transformou-se em uma briga judicial com a Secretaria Municipal de Saúde.

"Fiz um voto com o Senhor", diz Evanir. Há 11 anos, tornou-se evangélica, mas não usava regularmente saia. A mudança aconteceu pouco tempo depois, quando a filha Caroline, à época com um ano e dois meses de idade, começou a ficar doente e teve de ser internada. A mãe fez um voto de não usar mais calça a partir daquele dia. A menina melhorou, mas Evanir não cumpria à risca o que havia prometido e acredita que esse tenha sido o motivo da recaída da doença da filha. No segundo susto, renovou o voto e não voltou atrás.

Nos últimos anos, diz que seu voto está sendo "testado pelo Senhor". Leia + AQUI.

Fonte: UOL

Com todo respeito que ela merece, o fato me fez recordar as palavras do apóstolo Paulo dirigidas aos atenienses - "Almeida Revista e Corrigida Atos 17.22 E, estando Paulo no meio do Areópago, disse: Varões atenienses, em tudo vos vejo um tanto supersticiosos..."

E você o que acha disso?

2 comentários:

Alzira Sterque disse...

Vida com Deus, grau e maneira de intimidade com Deus cada um tem a sua. Não podemos julgá-la como supersticiosa, legalista, ultrapassada, nem nada parecido. Deus não está limitado à nossa maneira de agir e pensar. Cada um no seu quadrado...com Deus.

Alberto Costa disse...

Será superstição, ou não, dependendo de a que(m) ela atribui a saúde de seu filho.
De qualquer modo, ela está certa em, tendo feito o voto (melhor fora não fazê-lo), cumpri-lo. É o que recomenda Salomão, dado que Deus não tolera ser zombado.
A essa altura dos acontecimentos, o preço pago por ela, para ter o direito de definir o que Deus devia ou não fazer com seu filho lá atrás, pode tornar-se bem pesado.
Mas eu aprendi, cedo na vida, que não é boa política rir de meu irmão quando ele se dá mal e está levando umas chineladas - sempre pode sobrar prá mim...

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