Para o médico Marios Kyriazis, especialista em geriatria e presidente da Sociedade Britânica de Longevidade, o estresse não é uma via de mão única, que leva sempre a uma doença. Curtos períodos de estresse podem ser benéficos ao seu sistema imunológico e diminuir os riscos de doenças como Alzheimer, artrite e alguns tipos de câncer. “Temos uma tendência a culpar o estresse por tudo, da exaustão ao mau humor, até doenças cardíacas, mas isso é um mito”, diz Kyriazis.
O que conta é o nível do estresse. Pequenas doses espaçadas no tempo, como tarefas a serem cumpridas rapidamente durante o expediente, são suficientes. “Muitas pesquisas estão apontando que níveis moderados de estresse favorecem a produção de proteínas regenerativas que sustentam células do cérebro, fazendo-o funcionar na capacidade máxima. Essas células fortalecem as conexões neurais que se deterioram com a idade”, afirma o médico.
Para distinguir o bom estresse do mal é preciso perguntar a si mesmo se você sente satisfação e excitação durante as tarefas estressantes ou depois delas. Sensação de opressão pode ser sinal de um estresse ruim. Os benefícios do estresse só serão válidos se ele não durar mais de 24 horas. Segundo a psicóloga especialista em estresse, Marilda Lipp, do Centro Psicológico do Controle de Estresse, 24 horas é o tempo necessário para que o corpo volte ao equilíbrio de seu funcionamento. Por isso, de três a cinco doses de tensão por dia são o máximo que se pode considerar saudável, pois levam a pessoa a entrar na primeira fase do estresse, chamada “fase de alerta”. “Nesse período, o corpo produz adrenalina que dá força, vigor e energia”, diz. Durante um dia, as pessoas entram e saem dessa fase com facilidade sem grandes prejuízos ao corpo. É o estresse positivo. Leia +.
fonte: Época
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