23.10.09

Contra ratos, mosquitos e baratas

Você foi de esquerda por um tempo e na peça você fala sobre o PT. Como você avalia a situação do PT hoje?

Eu acho o PT a maior decepção que o Brasil já teve. Todos nós depositamos esperanças na ascensão do Lula, um operário, sindicalista, trabalhador, simples, inteligente, grande negociador. E o PT, esse partido que não deixava passar nada, que primava pela excelência da ética e da moral pública. Nós achávamos que ia começar um novo momento e logo teve o mensalão, que foi uma queda absoluta. Nunca estivemos tão péssimos. É uma decepção até para o próprio PT. Há pesquisas que mostram que os petistas estão desencantados com o partido. Deu tudo errado.

E como você vê a saída da Marina Silva do PT?

A Marina é uma moça muito bem formada, que tem uma biografia. O Lula não pode dizer para a Marina que ele veio do nada, porque ela veio de um seringal, analfabeta. Quando tinha alguém doente na família tinha que caminhar por três dias. Alfabetizou a irmã, se construiu de uma forma que seria impossível de acontecer. É uma pessoa íntegra. O fato de a Marina se afastar é uma dica, um diagnóstico de que as coisas andam mal.

Você acredita que a política no Brasil ainda tem solução? O que precisa ser feito?

Depende só da sociedade. A sociedade tem que dar uma solução definida. Tem o exemplo das mulheres no Irã, numa sociedade repressora, muito religiosa, elas se organizaram através da internet e construíram uma oposição à ditadura muito forte. As mulheres no Brasil deviam tomar frente, já que os homens não estão dando conta, e fazer denúncias através desse meio democrático que é a internet. Nós falamos muito mal do senado que é realmente uma vergonha, mas afinal fomos nós que votamos nessa gente. A responsabilidade é nossa. Eu acredito que a sociedade precisa de organizar e tomar medidas drásticas. Fazer uma dedetização.

trecho de entrevista do ator Juca de Oliveira publicada na GAZETA DO POVO.

2 comentários:

Mário Magalhães disse...

"Pra pensar
“Deus é a maior viagem, o melhor delírio jamais experimentado” (Leonardo Boff)."

Eu gostaria, apenas, de fazer uma pequeno comentário sobre essa frase:

Deus não é um estado, mas é um ser pessoal. Podemos até entender como uma espressão metafórica para demonstrar que Deus é agradável, embora que relacionar Deus como delírio apenas confirmaria Rirchard Dowkins. Não é inteligente essa afirmação.

O segredo de frases inteligentes é relacionar com as Escrituras. Fora isso, corre-se o risco de escrever uma bobagem.

Delaware disse...

Juca, as palavras são suas, mas eu subscrevo!

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