27.10.09

Na rabeira do mundo

O objetivo de Alexandre Canhoni era ajudar as pessoas que vivem no pior lugar do mundo. Depois de ter atuado na TV como paquito do "Xou da Xuxa" e de ter deixado a carreira musical de lado para se tornar evangélico, ele tinha se decidido a viajar para algum lugar como Iraque, Paquistão, Serra Leoa, países em conflito em que a população sofria, e fazer trabalho humanitário. Foi quando ouviu falar do Níger, último colocado do ranking de Índice de Desenvolvimento Humano da ONU, pela primeira vez. “Perguntei o que tinha por lá, e me disseram que ‘nada’”, contou, em entrevista ao G1, por telefone. Então, ele decidiu se mudar para Niamey, capital do país africano com a pior qualidade de vida do mundo, onde vive há oito anos.

“O país não tinha realmente nada”, contou. “Só agora chegaram detectores de metais no aeroporto, a previsão é de que chegue cartão de crédito daqui a cinco anos, há apenas três restaurantes e a cultura muçulmana é bem radical. Não tem cinema, são pouquíssimas as televisões, que normalmente têm uso comunitário e o que mais passa são programas religiosos islâmicos”, disse. Na capital, segundo ele, que hoje tem 38 anos, há algumas avenidas de asfalto e dois lugares com internet, como lan houses. A energia elétrica vem da Nigéria e muitas vezes falta. “Uma vez ficamos dois dias sem energia elétrica e perdemos muita comida que tínhamos em nossa geladeira.”

Localizado no oeste africano, logo abaixo do deserto do Saara (parte do território fica no deserto), o Níger ficou em 182º lugar no ranking de qualidade de vida, com IDH de 0,34, pior que o do Afeganistão, palco de uma ação militar comandada pelos Estados Unidos. A população de 15,3 milhões de nigerinos tem uma expectativa de vida de apenas 52 anos, e apenas 28% deles são alfabetizados. Trata-se de um dos países mais pobres do mundo, com Produto Interno Bruto per capita anual de apenas US$ 700 (cerca de R$ 1.200) (o do Brasil é de US$ 10.200, quase R$ 17.500, segundo a mesma fonte, a CIA).

Apesar da pobreza, segundo Canhoni, há também pessoas muito ricas no país, que vivem da exploração de urânio e petróleo e que chegam a serviço de multinacionais que, segundo Canhoni, não ajudam no desenvolvimento local. O problema é que há um abismo entre os ricos e os pobres, sem uma classe média, e o preço das coisas à venda é muito alto. “Um litro de leite nos dois únicos mercados custa o equivalente a R$ 6, um quilo de tomate pode chegar a R$ 25. Quanto mais pobre é o país, mais caras são as coisas. Não adianta levar dinheiro e a gente leva do Brasil o máximo de coisa que a gente pode. As pessoas são ou muito pobres ou muito ricas. Vivemos em um dos melhores bairros, mas em frente a nossa casa há barracos em que vivem muitas pessoas que ajudamos. É um contraste muito pior de que o tradicional de prédio de luxo e favela, que se vê no Brasil”, disse.

Segundo ele, os empregos são raríssimos. As pessoas normalmente trabalham como guardas na frente da casa de estrangeiros e ganhando muito pouco, que dá no máximo para comer. Alguns oferecem serviços de turismo, também, levando as pessoas para conhecer o deserto do Saara. “Gostaríamos de incentivar a formação de emprego atraindo empresas para lá, e com algo como uma central de reciclagem de lixo.” Leia +.

fonte: G1
dica do Jarbas Aragão


Legal ver esta nova conversão do cara. Lembram-se do périplo de "testemunhos" que ele dava pelo país distribuindo acusações de pedofilia, pacto c/ demônios, mensagens subliminares e outras patacoadas tão apreciadas por uma fatia do rebanho?

4 comentários:

Alzira Sterque disse...

Fico feliz por ele, muito feliz.Isto é o resultado do crescimento espiritual dele na prática cristã, do IDE em sua essência. Continuo crendo que, para se conhecer verdadeiramente a Cristo todos precisam sair de suas zonas de comforto e viver Cristo.Fazer missões. Oferecer Cristo para quem dEle precisa. IDE. IDE.IDE. A necessidade é muito grande.

Anônimo disse...

Também fiquei muito feliz em ver que ele está em uma nova caminhada do Evangelismo, bem diferente daquela insanidade de antes.

Eliézer disse...

Espero que seja uma real mudança de paradigma na vida dele, senão é mais uma manifestação de religiosidde doentia que impõe a privação pessoal e o sofrimento como método de santificação cristã e que, segundo a bíblia, não passa de mais uma vil manifestação da carnalidade humana.

pr Osmar disse...

Recebi o Alexandre em minha antiga igreja há uns 5 anos e achei que não tinha esperança pra ele, lavagem cerebral total. Graças a Deus me enganei e percebo que precisamos nos converter a cada dia, inclusive eu mesmo.

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