11.11.09

Ameaça islâmica e narcisismo diletante

Uma Palavra ao Pastor Eli Fernandes

Meu caro Eli,

Saudações Nordestinas!

O tempo passa rápido, e me lembro de você e do seu irmão Estevão adolescentes; de vocês no Seminário Batista; de você na Aliança Bíblica Universitária (ABU). Hoje, todos nós daquele tempo, agradecemos ao Senhor da Igreja pela liderança de ambos.

Gostaria de, publicamente, externar o meu agradecimento pelo seu texto: Muçulmanos? Outra vez não! É um testemunho, uma advertência, um chamamento. Subscrevo suas palavras, endosso o seu conteúdo, sinto a sua angústia, apoio a sua iniciativa.

É um fato histórico que a cimitarra ceifou a vida de milhares de mártires, no que antes foi um espaço florescente da Igreja, e no que é hoje o deserto espiritual, do que foi denominado pelos missiólogos de “Janela 10/40”. Quem não morreu foi convertido à força, restando uma minoria tolerada e discriminada, sobrevivente, e assim tem sido por muitos séculos. A Península Ibérica foi ocupada, e, finalmente, o flagelo foi detido em Poitiers e Viena por exércitos de cristãos.

Como você bem sabe, Israel não foi uma realidade subjetiva, mas um reino histórico, concreto, com seus erros e acertos, com batalhas ganhas e perdidas. Assim, as debilidades e erros da Igreja no Oriente Médio e no norte da África não justificam a intrínseca intolerância religiosa islâmica, e nem o caráter pecaminoso e delituoso da conversão dos seus seguidores a outras expressões da fé.

A unicidade Religião+Estado, a dimensão geopolítica da fé é intrínseca aos ensinamentos dos seguidores de Maomé, desconhecido o princípio do Estado Democrático de Direito, da Laicidade, da separação Religião vs. Estado, da liberdade religiosa, conforme contida nas cartas internacionais de Direito.

Com o ocaso das ideologias globais, como sinal do fim da modernidade, bem assinalou Samuel Huntington, as religiões se constituem em variáveis importantes do seu livro-tema O Choque das Civilizações. Não vivemos nas nuvens, mas na História. O lugar das religiões nas civilizações, estados e impérios não é algo que se proponha, mas um dado da História. A fé se organiza em sistemas e instituições, porque somos seres sociais e não anjos, e porque do Senhor recebemos um mandato cultural. O lugar dos cristãos normais – espiritual e mentalmente sadios – é nas instituições, onde se trava a luta entre a Graça e o Pecado, entre a deforma e a reforma.

O martírio é uma honra, mas apenas os masoquistas o desejam, e os egoístas o desejam para os outros. O fim do laicismo iraquiano, e a presente guerra dizimaram a histórica e Uniata Igreja Caldeia, com ¾ dos seus um milhão de membros desalojados. Os cristãos são proibidos, presos, torturados, ou tratados como cidadãos de segunda classe na maioria do território islâmico.

A Europa, com o egoísmo da sua não-procriação vai se tornando um continente descristianizado, e a lei sharia (para tristeza das próprias mulheres islâmicas) já vai sendo adotada na Inglaterra, enquanto que em praticamente toda a Europa a ideologia secularista vai manifestando a sua cristianofobia. Tempos difíceis esses, meu amado irmão! É nosso dever pregar o Evangelho a toda criatura, sem que isso nos torne idiotas, qual Cavalos de Tróia, a abrir as portas dos nossos países para os que nos vêm oprimir.

Nem só de mau-caratismo e heresia padece o Cristianismo, mas de enfermidades da mente e da alma, particularmente a megalomania e o narcisismo, que leva ao isolamento, à sensação de superioridade e de certeza, ao julgamento arrogante e acusador contra todos os demais “errados”. Enfermidade que se esconde por trás do verniz intelectual de um anarquismo mal digerido.

É fácil, meu caro Eli, aparecer no Oriente Médio e no Norte da África apenas como guia turístico de luxo, a percorrer ruínas. É fácil, meu caro Eli, se pretender ensinar a história desde o conforto das piscinas nas mansões da ilha da fantasia. Meras elucubrações inconsequentes, masturbações intelectuais descompromissadas, desconectadas do cotidiano do Corpo.

Você tem razão Eli, e a maioria dos discípulos do crucificado, dos que não resistiram à Graça, dos membros da Igreja, Una, Santa, Católica e Apostólica, dos que integram o Cristianismo, dos que não se envergonham de serem parte da Cristandade (malgrado suas contradições e ambiguidades), todos nós, reconhecemos que você tem razão.

Consciência, arrependimento, humildade, consagração, unidade, verdade, mangas arregaçadas, missão. Diante do Crescente que se aproxima ameaçador – e enquanto a Nova Jerusalém não chega – com nossos irmãos do Movimento de Renovação Espiritual dos anos 1960, cantemos orantes e resolutos: Os Guerreiros se Preparam para a Grande Luta!

Receba o meu abraço!

Robinson Cavalcanti, bispo anglicano

para entender o "causo", leia Eles mesmos estão vindo!

após o apagão de ontem à noite, a quarta-feira promete ser agitada...

13 comentários:

Peregrino do Evangelho disse...

Apesar de ser grande a preocupação da expansão muçulmana, acredito que que quanto cristãos devemos ter a preocupação primária da Pregação do Evangelho de Jesus Cristo.

Pois o Evangelho é auto-explicativo, ele transforma e pelo amor combate todas as heresias e deturpações que as religiões produzem.

Então cumpramos a Grande Comissão de Jesus Cristo e preguemos o Evangelho a toda criatura, assim levaremos a Salvação a todos assim como corrigiremos as falsas doutrinas que as religiões produzem.

Graça e Paz!!

newton disse...

Já avisaram Jesus que ele esta perdendo pra maomé?

Deus é soberano e não sofre de alzheimer, ele lembra da lista do livro da vida.

este negócio de pensar que Deus depende de nós para cumprir seu plano é que leva o homem a arrogancia.
Deus é antes da fundação do mundo.

Rogério Boy disse...

Entendo as preocupações e também confesso que as tenho. Mas, pensando sobre isso e expressando sem ser partidário, ou seja, sem querer defender uma idéia, é que chego a seguinte conclusão: há tempo temos travado lutas contra pensamentos que nos prendem dentro de nossos templos, e fechamos as portas (templos) com medo de que o "mundo" nos invada; e agora estamos reproduzindo essa mesma idéia mais com maior proporção, que é a nossa luta contra o islamismo de forma que esse não nos venha afetar. Penso que temos de nos preocupar não somente com a nossa igreja, nosso país, mas com toda humanidade, seja a europa, seja o Brasil e até mesmo o oriente médio. Pois, a "nossa luta não é contra a carne ou sangue", e não cabe a nós nos defender de pessoas, mas de pensamentos, portanto temos de aceitar as pessoas, independente de seus pensamentos e propósitos,já que pretendemos alcançá-los e se temos medo disso talvez não cremos no poder transformador do evangelho.
Nossa preocupação não pode ser baseada em nosso medo, mas na instrução que temos da parte de Cristo.

Rogério disse...

É isso aí pessoal, as instituições tem que ficar com medo mesmo, afinal vem uma outra instituição mais forte e que realmente pode ameaçar o evangelho gospel universal de gezuiz e outras crendices.
Se o que as instituições nos ensinam hoje como evangelho, perder terreno para o islamismo é porque este ensino não passa de crendice mesmo. Pois o verdadeiro Amor lança fora todo o medo e quem bebe da Fonte de Água Viva nunca mais terá sede.

Moisés Lourenço Gomes disse...

Duelo de Titãs


Robinson escreve como se a ascensão mulçumana no Brasil fosse um perigo nacional e não um problema de concorrência religiosa – a regionalidade da fé cristã sendo protegida debaixo do álibi geopolítico.

Não há meias palavras. O cristianismo estará comprometido com a ascensão mulçumana. O duelo de titãs será instalado.
Isso é apenas uma preocupação de religião e que não interfere no reino de Deus, até mesmo porque, gente de todos os povos, raças e religiões já compõem o reino Dele. Reino que não faz acepção de pessoas (cristão, ateu, mulçumano e etecéteras)

Quem mandou a gente erigir uma potestade cristã tão babélica e bélica?
Quem mandou a gente domesticar Deus a ponto de sentirmos que o tal Deus estará ameaçado por Maomé?

O islamismo é um ameaça ao cristianismo, assim como o cristianismo sempre foi em todo solo em que ela hasteou a sua bandeira.
Os rumores que amedrontam os tais líderes cristãos referem-se a possíveis perdas naquilo que ela, a fé cristianizada, erigiu em nome de Jesus.
Nem tudo aquilo que foi feito em nome de Jesus, recebe a autenticação Dele, e o Cristianismo foi campeão em criar torres de babéis que tolheram a liberdade do ser humano, que parametrizou aquilo que não apetece ao Homem delimitar e que sequelou, de geração a geração, a vida, o relacionamento, a cultura, a família e a própria fé.

Aquilo que Deus vê e identica como filho, o Cristianismo fez um protótipo, um frankenstein, daquilo que ele entendeu que Deus se agrada.

Senhoras e senhores, e foi acionado o start da produção em massa, em série!
É por isso que tem gente que confunde Cristianismo com Jesus, bíblia com o verbo encarnado.

Podemos questionar uma possível ameaça à nossa pseudo-democracia ou a liberdade religiosa, agora, engrossar o caldo no afã de fazer prosélitos e decretando a nossa supremacia cristã é totalmente anti-Jesus.

Jesus jamais se preocuparia com a identidade religiosa do país. Jesus jamais se moveria para atestar que o Brasil é de Cristo. Jesus jamais disputaria uma ‘queda de braço’ com Maomé.

Missão não é brigar com o mundo islâmico.
Missão é anunciar a boa-nova com a própria vida, em qualquer lugar, em qualquer situação, sem discurso de adesão e sem adulterar aquilo que não revela morte, que não indicia nada que comprometa a vida e nada que entristeça o espírito do Homem e de Deus.
É transmissão de alegria, de paz, de justiça, de amor sem interesse e leviandade. É prestar socorro, é matar a fome do corpo e do espírito, é sarar feridas.


No final das contas, sentaremos na ‘grande mesa’ com pessoas que brigamos a vida toda.
Fé é o que Deus vê no Homem e a percepção de fé em cada Homem, é o que Deus não vê.
O coração de cada ser humano revela 'quem o segue sem saber que o segue’ e ‘quem não o segue pensando que o segue’.

Com a concorrência inaugurada, revelar-se-á a verdadeira desconstrução, a reforma, a revolução. Não do Cristianismo, mas de cristãos que ao ver as unhas e chifres aparecendo entre as asas angelicais do Cristianismo, será possível uma migração de consciência aos pés de Jesus que é o único lugar que o ligar mais seguro da Terra e que reúne o filhos Dele e não os filhos da religião.

Moisés Lourenço Gomes disse...

Meu amigo Bento Souto postou num forum:


O Bispo Robinson demonstra ser um homem de pouca de pouca memória...

Por ter aderido ao Cristianismo Constantiniano, ao ser ordenado Bispo Anglicano, resolveu esquecer que foi um amigo e irmão, Paulo Garcia, quem o acolheu na denominação durante um período difícil de vida, e partiu pra divisão com o amigo, calçado apenas na Sucessão Episcopal...

Esqueceu-se de que foi o Paulo Garcia que transformou uma pequena congregação de 40 pessoas em uma das comunidades mais vibrantes do Recife, constantemente alcançando pessoas de fora do grupo "evangélico"...

Depois do Caio ter ido pregar várias vezes na comunidade do Paulo Garcia, Robinson parece ter guardado o rancor que agora expõe.

Curioso é que expõe duma forma que ataca a si próprio, pois, se o Caio não tem autoridade pra falar sobre o avanço do Islã, por ser morador da ilha da fantasia (como Robinson alude a Brasília), que autoridade teria o próprio Bispo, morador de Paripueira -- praia paradísiaca do litoral alagoano, e não da África ou das favelas do Recife?

Bom, mas isso é só o pano de fundo pra que se conheça o "pano de fundo" do artigo do Bispo que, agora, alimenta convicções institucionais eclesiásticas como legitimadoras de autoridade espiritual, como se a própria denominação a qual ele pertence não houvesse usurpado essa autoridade ao se desligar da Igreja Romana.

No mais, o artigo do Bispo é um ótimo exemplo de como os cristãos se tornaram discípulos de Constantinoi, e não de Jesus, conforme texto recente do próprio Caio.

Não há poder político, militar ou religioso, no mundo, que possa me impedir de ser misericordioso para com meu próximo ou de exercer a minha fé.

Mas, para os que só conseguem enxergar exercício da fé no ajuntamento religioso com alguns vestidos de paramentos episcopais, há que se lutar contra qualquer ameaça ao status quo... só que é preciso ter coragem de dizer que isso não tem nada a ver com Jesus, mas com a vaidade humana.

Isso é o que eu penso!


Abcs Bento

Anônimo disse...

A resposta do Caio foi bem interessante a essa questão. Me parece que em geral a visão da propagação do Evangelho para muitos se resume a territórios políticos.

Compartilhe! disse...

Vish!
O quebra-pau intelectual começou!
;)

Chicco Salerno disse...

Só falta reeditarem o velho grito troglodita neopeteca - 'O Brasil é do Senhor Jesus!'

Como se grito de guerra e palavras de ordem resolvessem alguma coisa...

Deixem vir os islâmicos, deixem vir os budistas, deixem vir quem quiser. Talvez não possamos recebê-los cantando o velho jingle da Rede Globo - 'hoje a festa é sua, hoje a festa é nossa, é de quem quiser...' mas possamos recebê-los com a dignidade que todos seres humanos merecem e com muito amor, porque afinal devemos ser conhecidos pelo amor, ou será que até isso já caducou?

Anônimo disse...

Em minha leitura todo o texto do Robinson se dá a partir deste ponto: “A fé se organiza em sistemas e instituições, porque somos seres sociais e não anjos, e porque do Senhor recebemos um mandato cultural. O lugar dos cristãos normais – espiritual e mentalmente sadios – é nas instituições, onde se trava a luta entre a Graça e o Pecado, entre a deforma e a reforma.”.

Medo! O mundo será islâmico apontam as estatísticas. O cristianismo ruirá. A cruz sairá da parede. O véu será comum. As instituições cristãs ruirão frente à foice islâmicas.

Mas, quem sabe, pode ser essa a chance dos cristãos se voltarem para o que É? Quem sabe, ao cair da cruz posta no pináculo do templo, os indivíduos se volte para o Deus Vivo e vejam a construção como apenas o que é: nada?

Assim, é simples compreender que, se para ele a fé se organiza em sistemas e o lugar dos cristãos normais é na instituição então se percebe – logo – o problema que temos posto aqui.

Ora, obviamente, sendo Robinson bispo de uma instituição quase milenar entendemos seu ponto de vista. O risco também é dele.

Mas, ora, achar esse medo em Jesus é impossível. Onde essa preocupação nEle que dizia não ter teto, travesseiro para pousar? Onde isso se ele dizia que a adoração é feita nas subjetividades da verdade e do espírito? Onde isso se, após curar muitos, ele os mandava para casa?

Daí que os cristãos esperneiam, mas batem os pés em nome do cristianismo. Não como tentar falar nada sobre o Evangelho. O Evangelho é outra coisa, eles sabem, não sabendo.

Pode até ser que cristãos normais sejam achados nas instituições, mas discípulos a gente encontra na rua, na estrada, no abraço e no afago.

Pode ser que os cristãos se sintam ameaçados (e estão d-i-r-e-t-a-m-e-n-t-e ameaçados) pelo Islã, mas o Evangelho não se importa com essas tolices de neocruzadas ao contrário.

Pode ser que, para os cristãos, a luta trave-se nas instituições, mas a vida do Evangélico (com letra maiúscula e sem aspas) acontece no peito, cujo dor diária é retratada entre o que Somos nEle e o que somos ainda por aqui neste tempo-espaço que nos prende.

É certo que o Islã virá, mas, sinceramente, são tão perigosos quanto o são as festas góspeis, os feriados evangélicos, os políticos cristãos, os bandidos que oram antes de ir invadir outras favelas. Islã por Islã temos um debaixo de nossos pés que cresce com força e com a possibilidade real de, cedo ou tarde, aprovar leis preconceituosas.

Ora, mas a luta é essa?

Nem de longe. A luta não é contra os “evangélicos”, nem contra o Islã. A luta é contra o dês-evangelo que assume ares arrogantes e imperiais a cada dia.

É só por isso que o Islã virá e achará pastagens: os evangélicos preparam o solo fértil da guerra religiosa, de um Deus carrasco, de um profeta sagrado, da moralidade como Lei, de um livro sagrado feito justiça de coronéis e mais, muito mais.

Sinceramente o Robinson sabe de tudo isso. Só não reconhece.

E quanto a nós preguemos o Evangelho.

Bjão,

Vando
www.alexvando.blogspot.com

Anônimo disse...

Bah tchê!!! Ao ler expressões como "masturbação intelectual descompromissada" eu sou "empurrado" a acreditar que exista "masturbação intelectual compromissada"...será que existe? O fato é que perde-se tempo demais em divagações e etc e a pregação da Palavra de Deus fica na base do intelecto e não no poder de Deus. Medo? Medo de quê e de quêm? Temos que ter medo de ter medo, temos que ter medo de uma fé insípida e calcada na verdade de uma vida vazia e marcada pela hipocrisia que grassa nosso tempo. Cada um que escreveu tem razão a seu modo, porém, todos nós devemos olhar para o Autor e Consumador da fé. Aquele a quem foi dado todo o poder e que é o principal interessado na salvação do homem do oriente ao ocidente.
Devemos nos voltar e ver a simplicidade do apóstolo João ao nos ensinar, pelo Espírito, que o amor vence o medo e é esse amor, mandamento de Jesus, que deve nortear as ações e reações dos salvos em Cristo. Aliás Igreja, Eclesia e etc, inexiste sem verdadeiros salvos em Cristo, arrependidos, convertidos e outras características que marcam um verdadeiros cristão que são tão esquecidas atualmente.
Instituições passam, a história é cíclica e se repetirá debaixo da soberania de um Deus infalível e aqueles que são do Senhor Jesus prevalecerão em todo o contexto, diante de tudo e de todos.
Um grande abraço aos salvos em Cristo!!! Pr Eduardo - Cruz Alta - RS

Chicco Salerno disse...

Vando,

Apreciei muito ler teu comentário nesta manhã.

O Senhor continue te dando graça e sábia direção em tudo.

Valeu muito!

En Agape,

Chicco

Anônimo disse...

Ora é inegável que a fé se organiza em instituições. Basta ler o livro de Atos dos Apóstolos pra perceber isso: a questão dos judaizantes foi resolvida por um concílio, foi eleito um substituto pra Judas Iscariotes, eram feitas doações e distribuidas entre os cristãos pobres, ocorreu uma votação para escolher os diaconos e Estevão foi um destes. Quando na Reforma Protestante alguns grupos anabatistas se insurgiram contra a "institucionalização" de maneira radical, inclusive com um pensamente muito mas muito parecido com o de Caio Fábio e a tese do "cristianismo constantiniano", estes grupos tambem criaram suas instituições. Os "irmãos Livres" também criaram e o proprio Caio com seu "Caminho da Graça" está fazendo algo semelhante embora talvez não esteja percebendo isso. Sinceramente, por mais que Robinson tenha suas falhas ele não está errado quando dá importância a Igreja não somente enquanto povo mas também enquanto instituição, pois ela pro bem ou pro mal é inevitável.

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