Muita gente considera Jesus Cristo socialista. Concordo, em parte.
Acredito que se todos seguissem suas palavras ao pé de letra, não teríamos uma sociedade tal qual do socialismo tradicional. Mas seria bem mais igualitária e humanista do que temos no Brasil, por exemplo.
Deixando de lado o misticismo - que é uma questão de crença de cada um - e filtrando a mensagem cristã dos dogmas religiosos, temos a proposta clara de um mundo sem opressores e oprimidos e com uma distribuição de renda mais justa.
Quero pedir perdão aos sete ou oito leitores desta coluna se venho piorar sua ressaca pós-ceia natalina, mas considero pertinente lembrar um pouco do legado daquele que, no final das contas, é a razão de tanta festa.
Até porque, no futuro, as crianças podem achar que nessa data comemora-se apenas o nascimento de Papai Noel, do Santa Claus, não de Jesus Cristo.
Não sou contra o consumismo exacerbado desta época do ano, mesmo porque nesse caso acredito que o fim justifique os meios. Comprar para dar presente é uma espécie de capitalismo do bem.
Também suporto bem a maionese da sogra, a overdose de uísque do cunhado e as rabanadas daquela tia distante.
Fico incomodado apenas com uma brincadeira que surgiu nos últimos anos, a do "inimigo secreto", na qual se pode "roubar" o presente do outro. Quase sempre acaba em ressentimentos.
Gosto do Natal. Por isso considero importante refletir um pouco sobre seu significado.
Em quase todos os seus sermões, Jesus Cristo pontifica a base de uma sociedade na qual os seres humanos não explorem uns aos outros, na qual o homem não seja lobo do homem.
Todo seu ensinamento pode ser resumido na lição de não desejar ao próximo aquilo que não queira para si próprio. Simples assim. Quem procura se colocar no lugar do outro, em qualquer situação, jamais cometerá uma injustiça.
Você gostaria de ser empregado de um patrão que lhe paga mal e escraviza? Concorda quando políticos desviam o dinheiro do imposto que você paga com o suor de seu trabalho? A menos que seja masoquista (nesse caso está perdoado), sentiria prazer em levar uns tabefes de vez em quando?
Não há como negar: se não fizermos com nossos semelhantes aquilo não queremos para nós próprios, chegaremos a uma sociedade bem próxima do ideal.
Ao longo de sua história, o homem sempre soube usar - e muito bem - o nome de Jesus para dominar, roubar, matar.
Não conheço nenhum movimento em que ele foi utilizado para promover o bem estar social, principalmente em países pobres como o nosso.
O Brasil pode ser o maior país católico do mundo. Mas não é o mais cristão.
José Luiz Teixeira
26.12.09
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5 comentários:
"Capitalismo do bem"?!?!?!
esperava mais...
perdi preciosos minutos da minha vida lendo esta MERDA.
"Não conheço nenhum movimento em que ele foi utilizado para promover o bem estar social, principalmente em países pobres como o nosso."
O criador desse texto é um completo ignorante ou viveu toda a vida em uma caverna.
ridiculo Jesus disse o oposto do q esse cara tá falando, Jesus disse: para fazermos com os outros o a gente quer que faça com a gente, JESUS NÃO disse para não fazermos com os outros...
tosco!
O texto tem uma qualidade péssima masnão chega a ser uma merda pois parte de ideia bacana mas expressada.
[ ]'s ricardo
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