2.12.09

Redes sociais e a solidão contagiante

Certa vez, comentando uma pesquisa que trabalhava a hipótese de que a obesidade pode ser contagiosa com a minha orientadora do doutorado, ela comentou informalmente que ela acreditava que tudo o que pode se espalhar o faz via rede. Fiquei com isso em mente, até para brincar um pouco com a idéia.

Hoje eu li essa reportagem que defende idéia semelhante: que a solidão pode ser contagiosa como uma gripe, ou seja, ela se espalha via redes sociais. A pesquisa foi publicada no Journal of Personality and Social Psychology (edição de dezembro – a publicar) e contou com a participação de três universidades americanas – Universidade da Califórnia San Diego, Universidade de Chicago e de Harvard – sob a coordenação do psicólogo John T. Cacioppo, da Universidade de Chicago.

Além da hipótese, o estudo é muito interessante por coletar dados desde 1948, inicialmente com um grupo de mais de cinco mil pessoas e depois abrangendo para seus filhos e netos, chegando a 12 mil pessoas no total. A pesquisa é a última de uma série que busca entender como hábitos e sentimentos se disseminam via redes sociais. Os estudos anteriores sugeriram que a obesidade (mencionada acima), a felicidade e o hábito de fumar são contagiantes.

É o tipo de pesquisa que tem impacto em um espectro amplo de áreas, como a saúde pública, administração pública, qualidade de vida, capital social, psicologia social e políticas públicas.

Mauricio Serafim

Um comentário:

Meg disse...

Solidão? Absoluta falta de Deus com a pessoa. Vivo seis meses só, 20 dias com marido, as vezes 30, nunca me senti só, tenho Deus comigo, e sou feliz. Ah e por ter Deus conseguimos superar a saudade já que é a trabalho, mas ele já está chegando pra nunca mais me deixar só rsrs

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