Gosto do que não tenho.
Bastam-me os velhos linhos,
Copos de todas as cores,
E os mesmos amores.
.
Gosto do que não sou.
Porque já fui muitas mulheres
Mas hoje sou só brisa leve, aquarela, e mansidão.
Ando tão desacelerada.
.
Gosto dos lugares que não conheço.
De ruelas entortadas e semi luzes,
Onde sei que vamos ser, dia desses,
De almas entrelaçadas e mãos dadas.
.
Gosto do que me falta.
Principalmente disso.
Porque é dessa sede que nunca passa,
Que nasce em mim o desejo ardente de procurar.
.
Gosto porque são os meus nãos que me dão a exata medida do que sou.
Solange Maia, no blog Eucaliptos na janela.
30.1.10
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Um comentário:
legal! parabens pelo seus excelentes blogs. Muito obrigado por ter visitado o meu singelo blog.
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