Um dia numa conversa durante uma longa viagem eu tive essa constatação: não há Deus. Nenhum, nenhuma forma divina, nenhum ser supremo, nenhum Criador do Universo ou Pai Celestial que olhe por nós. E, assustada com minha própria descoberta, como a criança que percebe que Papai Noel não existe, eu repetia: não pode ser, não pode ser, não pode não existir nada! O fato de descobrir minha solitude no Universo me apavorou, mas eu já não podia voltar atrás.
Lembrei disso ao ler o seguinte texto de Gravataí, que explica muito bem como o ateísmo não é uma questão de escolha ou de revolta contra as religiões:
"Não há um único ateu que tenha optado pelo ateísmo e, caso haja caso positivo, trata-se de alarme falso. Porque se trata de constatação, não escolha ou decisão. Diversos religiosos, por exemplo, alegam que ouviram um chamado, viram uma luz ou algo do tipo. O ateu, de tantos silêncios e escuridões, seguidos de gritarias e luminosidades em sentido contrário (ok, parei com metáforas), percebe que as coisas não são como nos livros sagrados das mais variadas crenças."
Leia o texto na íntegra AQUI.
Juliana Dacoregio, no Heresia loira.
4 comentários:
Pra mim o ateísmo e a fé, são como o olhar pro céu, mas em direções opostas...
Uns dizem que vêem o sol, em todo o seu brilho... outros dizem que nada vêem além de um grande vazio...
Quem está certo? Obviamente que os dois estão...
Mas posso dizer que o sol não existe? Ou posso afirmar que só existe o vazio?
Apenas se eu for cego, ou não souber pra onde olhar, ou souber mas nunca quiser olhar...
ps: ou for um insistente observador noturno... rs
Concordo com o comentário acima!
Uau! Belíssima a reflexão do Roger. Parabéns!
Acabo de receber no meu agregador de feeds uma resposta para o texto. Devia ser postado aqui. Ó o link: http://hiperatividadecerebral.blogspot.com/2010/02/fome-prova-existencia-do-pao.html
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