24.2.10

Isto aqui ô ô, é um pouquinho de Brasil, iá iá (20)

'Turismo de favela': violência atrai visitantes

Quando o ator Hugh Jackman visitou o Brasil, no início do ano, para gravar um comercial no Rio de Janeiro, resolveu fazer turismo pela cidade, dando uma passadinha pelo morro Dona Marta. O australiano não está só. O chamado turismo de favela, ou turismo da miséria, é um fenômeno em expansão, como atesta o livro Gringo na Laje – Produção, Circulação e Consumo da Favela Turística (FGV Editora, 163 pág., 17 reais), da antropóloga Bianca Freire-Medeiros.

Por mais estranho que possa parecer, a violência é, na visão da pesquisadora, o que mais seduz os turistas. "Ela é um atrativo. O filme Cidade de Deus, por exemplo, vende a imagem de que a favela é um lugar extremamente violento, de alto risco: os turistas querem ir lá motivados por isso", diz Bianca. Só a favela da Rocinha, destino favorito no Rio, recebe cerca de 3.500 visitantes por mês, a maior parte vinda da Europa e dos Estados Unidos. Sete agências especializadas e inúmeros guias exploram o negócio. Leia a seguir a entrevista que a antropóloga concedeu a VEJA.com sobre o assunto.

Como teve início o turismo da miséria?

O turismo em favela tem como antecedente histórico a prática do slumming, termo com registro em dicionário, realizada pelas elites inglesas da era vitoriana, nos anos de 1880. Os ricos iam visitar, por curiosidade ou caridade, os espaços segregados da cidade. Era quase como se fossem às colônias - de chineses, italianos e outros. Virou moda fazer essas visitas. Isso dura até os anos 1920. A situação contemporânea começou por volta de 1990. No Rio de Janeiro, há um mito de origem, segundo o qual o turismo em favela começou com a ECO 92, quando se passou a levar estrangeiros à Rocinha - pessoas ligadas em ecologia e interessadas em alternativas ao turismo de massa. Na África do Sul, esse tipo de turismo teve início com fim do Apartheid, em 1994, e os roteiros turísticos para as townships, localidades que até então estavam isoladas. Leia +.

Maria Carolina Maia, na Veja.

4 comentários:

Alexandre Pitante disse...

paz, estou seguindo.

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Um abraço, Alexandre Pitante.

Lívia disse...

Qual será a porcentagem que fica no bolso dos traficantes?

Dio disse...

Que mania mais chata de, ao invés de comentar o texto, fazer propaganda de outro blog... totalmente reprovável e dispensável esse comportamento, que classifico como SPAM.

Simplesmente Tininha disse...

Eu vi essa reportagem no Programa do Jô, ano passado. Sinceramente? Não sei como os que vivem em favela suportam isso...

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