Acabei vítima de uma conspiração política.
O turbilhão provocado pela chamada operação “Caixa de Pandora”, levada a cabo pela Polícia Federal, em fins de novembro do ano passado, foi crescendo como uma avalanche.
A forma como o tema foi levado à opinião pública, com imagens montadas e manipuladas ao sabor da conveniência dos poderosos de ocasião, teve o objetivo específico de desestabilizar meu trabalho parlamentar e impedir novos horizontes em minha carreira política.
Os vídeos, não oficiais e manipulados, foram divulgados como uma verdadeira overdose pela mídia, sem que eu pudesse responder com serenidade e equilíbrio ao massacre público de minha imagem como homem de Deus e parlamentar.
A chamada “Oração da Propina”, largamente divulgada, não passou de uma manipulação grosseira. Já que aquela prece aconteceu em setembro de 2009 e não em 2006, após o suposto recebimento de ajuda para a campanha política daquele ano.
Acontece que os meios de comunicação, com raras exceções, não teve o cuidado de verificar as datas, ler o conteúdo em detalhes, enfim, não houve uma preocupação com a verdade. Os fatos reais não apareceram. Surgiram meias verdades e conclusões definitivas, sem o respaldo do contraditório. Todos nós sabemos que uma mentira, divulgadas à exaustão, conseguiram penetrar nos corações e mentes a convicção de um crime que não existiu.
A tão comentada oração foi dirigida a uma pessoa, que, naquele momento, vivia grandes conflitos emocionais, um dilema íntimo.O que eu fiz, na companhia de um colega parlamentar, foi uma oração que desse ao personagem o reconforto espiritual, o equilíbrio emocional. Registre-se que a oração foi feita a pedido do mesmo.
É importante lembrar que até mesmo Jesus Cristo, o Deus feito homem, não abandonou aqueles que cometeram crimes. “Atire a primeira pedra aquele nunca pecou”, diz a passagem bíblica. Jesus Cristo perdoou Maria Madalena, tida como pecadora e adúltera.
Assim, aquela oração não visava bens materiais, mas o reconforto de uma alma em conflito e angustiada pelos diversos problemas pessoais e administrativos que enfrentava naquele momento.
Os falsos moralistas, os invejosos de ocasião, os oportunistas de plantão, conseguiram impor meias verdades e um turbilhão de mentiras à mídia, de uma maneira brutal.Tentaram, e, infelizmente, conseguiram colocar em xeque todo um trabalho voltado para o conforto da população, dos eleitores do Distrito Federal.
Tenho, contudo, a convicção dos fortes. A sabedoria dos humildes, a perseverança dos oprimidos e a vontade férrea de repor a verdade. E conseguirei. A história dirá, com a crueza dos fatos, que falo a verdade.
Diante desse massacre político e institucional, não me restou alternativa que não fosse a renúncia. Assim, renuncio ao mandato de deputado distrital.Renuncio ao meu mandato para não ser submetido ao julgamento político previamente decidido. Buscarei provar na Justiça a minha inocência.
Agradeço aqui a Deus por tudo de bom que tem me dado tanto em minha vida pública quanto particular; ao meu pai e minha mãe, inspiradores e formadores de meu espírito cristão e do meu caráter; ao segmento evangélico pelo apoio recebido em dois mandatos; a população brasiliense e, em especial, minha equipe de trabalho, composta de pessoas profissionais e competentes.
trechos da carta de renúncia do deputado distrital Júnior Brunelli.
fonte: Correio Braziliense
entre suas realizações, o cara menciona a "isenção do pagamento do IPTU e da Taxa de Lixo" p/ templos religiosos. o irmão despachante poderia ter lembrado propostas de "interesse público" como os quase R$ 2 milhões que pediu p/ eventos relevantes como o Congresso das Mulheres Virtuosas.
num surto de modéstia, ele afirmou ter "a convicção dos fortes, a sabedoria dos humildes e a perseverança dos oprimidos". faltou mencionar a cara-de-pau daqueles que se valem da (literalmente) boa-fé do rebanho p/ depois conspurcar ainda + a sua maculada imagem. adeus.
4 comentários:
Ai, que dá uma angústia no estômago ao ver gente assim com tanto poder nas mãos!!!
Desculpa aí amigo, mas como me disse um amigo policial certa vez:"Quem não deve não TREME..."
Deputado: Perdeu uma grande oportunidade de ficar calado e sair de fininho, irmão bundão!
É UMA PENA!
Caro irmão, fico triste por tudo isto que está acontecendo em Brasilia, e muito mais triste ainda por envolver um "cristão", filho de um Pastor. Não posso julgar você. Se você fala a verdade, Deus irá agir em seu favor. Se mente, associa-se ao pai da mentira. A misericórdia de Deus é a razão de não sermos consumidos.
Deus lhe abençoe.
Pr Joelson Santana
Feira de Santana - Ba.
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