23.4.10

Casar pra quê?

É possível ser feliz para sempre com cada um na sua casa

Talvez as discussões sobre casamento comecem num ponto de partida equivocado. Elas opõem estar casado a estar sozinho, ou sozinha. Se a opção fosse entre estar casado e ter um namorado, ou namorada, a discussão seria a mesma? Suspeito que não.
No passado, comparar namoro a casamento não faria sentido. Quando os casais não podiam nem ir ao cinema sozinhos, casar oferecia a única possibilidade duradoura de intimidade entre homem e mulher. Intimidade física, sobretudo. Era também a única maneira respeitável de fazer filhos. E as mulheres, é bom lembrar, não eram autosuficientes economicamente: dependiam dos homens para o seu sustento. O casamento era uma garantia.

Nada disso se aplica mais. Com pequenas resistências conservadoras lá e cá, as pessoas no Brasil de hoje transam com quem quiser, quando quiserem. O direito à intimidade sem casamento parece assegurado. Quanto aos filhos, vale o mesmo. Embora a família tradicional (desde que estruturada) ainda ofereça o melhor ambiente para educação das crianças, está cheio de gente por aí que cresceu com pais separados ou na ausência total de pai e mãe. E tudo bem. De independência econômica nem é necessário falar. As mulheres já trabalham como homens e logo estarão ganhando tão bem (ou tão mal) quanto eles. Questão de tempo, me parece.

Logo, a questão retorna: por que as pessoas insistem em casar se é tão fácil viver em casal e mesmo ter filhos fora do casamento?

A minha teoria é que as pessoas se casam no Brasil pelo mesmo motivo que compram casa própria – a tradição da terra diz que é importante e, intimamente, todos desejam se proteger da incerteza do futuro. Como vou poder pagar o aluguel se, de uma hora para outra, eu não tiver mais renda? Em termos afetivos, como evitar a solidão e o desamparo se, ao envelhecer, não tiver ninguém ao meu lado sob contrato? Quando se trata da casa, a compra faz sentido. No casamento, a garantia é cada vez mais ilusória.

Antes de prosseguir na discussão, é necessário sublinhar o óbvio: os casamentos falham. Em grande quantidade, de forma dolorosa e com enormes custos pessoais e sociais.

No Brasil, se faz um milhão de casamentos formais por ano e 250 mil separações, também formais. Isso quer dizer, grosso modo, que, de cada quatro casamentos, um falha. Nos Estados Unidos, país que está mais avançado nos costumes, a proporção é de 50%. Metade dos casamentos falha. Aqui, demora cerca de 10 anos para isso acontecer. Lá quase 20. Lá e cá o fato é que as pessoas chegam a um ponto avançado da vida em péssimo estado: destroçadas, sozinhas e (frequentemente) quebradas financeiramente. Por causa do casamento. Leia +.

Ivan Martins, na Época.

Seria um retorno aos costumes tribais mais antigos, da época de Abraão?

4 comentários:

Josias disse...

Nossa o cara tem razão !!
E um caso interessante a se pensar

afonsomfneto@hotmail.com disse...

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O ser-humano deseja viver todos os seus desejos internos e exterioriza-los da melhor ( ou piór) forma possivel
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Tem aqueles que gostam de sexo com crianças, bebes, com pessoas do mesmo sexo, com pessoas doentes, sadomasoquismo, com fézes, beber urina do seu par, sexo em local público, etc
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Os animais são semelhantes, agem pelo instinto, impulso, olham uma fêmea e a desejam, praticam sexo como sentem, pelo cheiro do cio, brigam, dominam, se matam, é a lei do mais forte, mais preparado
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O Ser humano é Racional, tem que ser diferente, tem que viver em sociedade, tem que ter dignidade, tem que ser fiél, não pode se dobrar aos desejos animalescos, irracionais e da carne
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A questão não é voltar a uma vida primitiva, mas voltar a uma atitude animal, carnal e até malígna
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Para os que gostam é só se converterem à vida dos primeiros moradores do Brasil, ainda tem muita tribo por ai no meio do mato
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Só para apimentar mais, o comunismo de karl Max, determina que mulher não deve ter dono, é de todos, qnão há limites, nem na idade
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afonsomfneto@hotmail.com disse...

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Os adeptos da nova era estão a banalizar o nome de Deus, banalizam a obra redentora de Jesus Cristo, incentivam ao aborto, à eutanásia, ao divórcio, aos casamentos entre pessoas do mesmo sexo, os relacionamentos perversos, à injustiça nos tribunais, que todo o ser humano é deus e que Deus é o ser humano, que cada um pode fazer o que o coração mandar.
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Que Deus sendo amor não se preocupa com os actos pecaminosos, à libertinagem nos filmes, novelas e programas de televisão, enfim, a todo o tipo de situações que levam as pessoas a afastarem-se dos caminhos de Deus, colocando-O ao nível da Sua criação
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Do mesmo modo quem aprendeu os princípios cristãos e, pelas circunstâncias da vida os deixaram de observar, corrompe a sua consciência com a banalização desses princípios para agir como se nunca antes tivesse aquele conhecimento
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Os valores e princípios que foram e ainda são as bases da sociedade estão em decadência e estão a ser repensados e reformulados pelas alas ditas liberais das sociedades.
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Os conceitos de família, honestidade, fé, autoridade, vergonha, integridade, amor ao próximo, autoridade, patriotismo, entre outros, estão a cair na banalização e não são tomados na devida conta, o que faz com que se esteja a dar uma inversão dos valores, ou seja, a noção de mal ou bem estão completamente invertidos.
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Desde que as pessoas deixaram de seguir os princípios de Deus e se guiaram pelo seu "eu", pelo seu egocentrismo e orgulho como resultado do pecado, os seus caminhos se tornaram tortuosos
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E nesta corrida desenfreada pretendem quebrar com as instituições do "passado" (regras, valores e princípios) para poderem viver, segundo dizem "uma vida plena e livre".
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Cada um puxa para o seu lado, opinando do que não sabe, mas que com a insistência acaba por afagar a consciência dos mais resistentes. Dá-se então a troca de valores: o que era mau passa a ser bom e o que era bom passa a ser mau. Jesussite
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Ai ( coitados, malditos) dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal! Que fazem da escuridade luz, e da luz, escuridade (Isaías 5:20).

Dra. Costa disse...

..."As mulheres já trabalham como homens"... Será que o autor do artigo não acha que, em tempos tão modernos, segundo ele, em que o casamento se tornou mera formalidade em busca de companhia; tal comentário é absolutamente intolerável e preconceituoso?
Abraço PAVA.

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