Os médicos afirmam que não dá para prever o tempo de sobrevida de Marcela, mas são unânimes em dizer que a possibilidade de ela vir a ter uma vida relacional ou independente está totalmente descartada.
Para o ginecologista Jorge Andalaft, o tempo de sobrevida de Marcela é explicado pelo fato de ela ter um pouco mais de tecido encefálico que o normalmente visto em anencéfalos, que costumam morrer horas após nascer. Ele diz que os casos de sobrevida mais longa são exceções.
Para a antropóloga Débora Diniz e a médica Fátima Oliveira, o caso suscita outro tipo de debate: até quando o Estado deve usar recursos médicos e tecnológicos para manter viva uma pessoa sem chances de vida social. "Todos os recursos que estão sendo utilizados para manter este tronco cerebral funcionando são uma imoralidade diante da falta de UTIs neonatal", diz Fátima.
fonte: Folha de S.Paulo
colaboração: Marcos Simas
"Vida social" deve ser o critério p/ receber tratamento? A fila de candidatos a morrer será imensa...
30.3.07
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário