A história da palavra “trabalho” surpreende muita gente: ela é filha do latim tripalium, um instrumento de tortura. Isso mesmo, aquele que “enobrece e dignifica o homem” descende de um outro que foi concebido para função bem diferente: fazer sofrer terrivelmente, aviltar o homem. Chocante? Talvez, mas convém lembrar que a valorização moral do trabalho só chegou ao poder com a burguesia, muito depois de tripalium parir seu filho lusoparlante no século 13.
O trabalho nasceu traball, traballo, e cresceu ligado à idéia de sofrimento. Era, afinal, reservado a subalternos, de preferência escravos. Coisa de mouros, que “mourejavam”. Esse sentido de tortura a palavra e a idéia de trabalho ainda conservam, embora de forma menos central. Não falamos em trabalho de parto? Em ralação?
Sérgio Rodrigues, em sua coluna no site No Mínimo. Leia mais
1.5.07
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