29.5.07

Ridículo(s) tirano(s)

Funcionários da RCTV venezuelana, que foi tirada do ar pelo governo de Hugo Chávez,
choram durante os momentos finais da programação, em Caracas

A Venezuela fechou nesta segunda-feira um canal de TV da oposição, que agora foi substituído por uma emissora de promoção da chamada revolução socialista do presidente Hugo Chávez.
Chávez vem há muito tempo lutando com canais de oposição, os quais chama de "cavaleiros do apocalipse" por terem apoiado um golpe contra ele em 2002.

Críticos do presidente dizem que o fechamento da RCTV prejudicará a liberdade de expressão no país. "Isso expôs a natureza abusiva, arbitrária e autocrática do governo de Chávez, um governo que teme o livre pensamento, que teme opinião e críticas", disse Marcel Granier, diretor da RCTV, a emissora mais antiga do país.
O fechamento do canal expôs a forte divisão política da Venezuela. Milhares de simpatizantes de Chávez fizeram festa nas ruas e manifestantes da oposição enfrentaram a polícia, gritando frases contra o governo.

Em um programa de despedida, a equipe da RCTV lotou um estúdio e rezou. "Não percam a esperança. Nos veremos em breve", disse o apresentador Nelson Bustamante aos telespectadores.

Vinte minutos depois que a RCTV foi tirada do ar, o canal estatal começou suas transmissões, com o hino nacional conduzido por Gustavo Dudamel, venezuelano de 26 anos nomeado diretor musical da Filarmônica de Los Angeles.

A programação começou com um concerto de melodias tradicionais, intercaladas com filmes do governo. O canal planejava exibir também um filme sobre Simon Bolívar, comandante do século 19 que é o herói de Chávez.
O fechamento foi condenado pelo Senado dos Estados Unidos e pelo Parlamento Europeu, mas simpatizantes de Chávez justificam a medida criticando a ética jornalística do canal.

A RCTV passou filmes e desenhos animados quando a onda virou a favor de Chávez no golpe de 2002 e recusou-se a mostrar a multidão de simpatizantes do presidente em atos contra os líderes do golpe.

A empresa de pesquisa Datanalisis mostrou que quase 70 por cento dos venezuelanos são contra o fechamento, mas a maioria citou a perda das novelas favoritas como motivo, e não preocupações com a limitação da liberdade de expressão.
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fonte: UOL
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Tenho dúvidas se aqui no Brasil seria diferente a reação a esse tipo de censura. Transformar a TV Globo num canal gospel 24 horas é o sonho de muitos irmãos. "Será que nunca faremos senão confirmar a incompetência da América Católica?"

2 comentários:

Anônimo disse...

Eu APÓIO PLENAMENTE o presidente Hugo Chávez. Então por aqui não temos a Rede Globo, cujo fundador foi tema de ácido documentário inglês, por seu poder, sua influência e sua capacidade de manipulação? Então não sabemos que a Globo apoiou a ditadura militar? Não sabemos que o espaço por onde circulam as ondas magnéticas é constitucionalmente público e a Globo faz tudo, menos ser a favor do que é público? Choro de funcionários não me comove, o que me comove é ver um homem, democraticamente eleito, lutando por seu país e por seu povo. Então não é autoritária a postura americana em relação a seus jornalistas, obrigados a revelar suas fontes à CIA? Então não é autoritário esse sistema que faz morrer de fome milhares de pessoas, diariamente, sendo que o que o planeta produz em alimentos seria suficiente para que todo ser humano comesse ao menos três vezes ao dia? Então não é autoritária a Europa em suas ex-colônias e atuais colônias, mandando e desmandando? O que é autoritarismo para para sistema é ver ameaçados seus tentáculos. Todo o resto passa a ser "normal". A base de Guantánamo, em Cuba, é "normal", com todos os seus horrores. Por que a imprensa não pode entrar lá? Não se luta por uma imprensa livre??? Por favor, peço que, se possível, leiam "O que o Tio Sam realmente quer", de Noam Chomsky, lançado pela Editora da UnB. Longa vida a Hugo Chávez!

Anônimo disse...

heheheheheh! Muito engraçado!

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