A foto é da Praça da Língua, no Museu da Língua Portuguesa (SP)
9.6.07
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Nome | Livros | Páginas | |
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1 | Marina Timm | 20 | 8980 |
2 | Marcelo Ricardo | 24 | 6622 |
3 | Rosane Barbetta | 27 | 6415 |
4 | Alcindo Almeida | 25 | 6159 |
5 | Rodney Eloy | 31 | 5789 |
últimas leituras
3 comentários:
Quando fui a São Paulo pela primeira vez acho que tinha uns dez anos. Depois voltei, outras vezes. E escrevi uma poesia pra São Paulo.
São Paulo
milhões de luzes
intempestivo trânsito
prédios cidade cipreste
fumaça fumaça buzina
pessoas perdidas presas
fáceis na cidade
todos se aglomeram
andam rapidamente mente ente te
lentas percepções
a vida comum
mente realiza
façanhas senhas
códigos tudo encoberto
perto daqui
explode o paraíso
a cidade in certa in verte
sangue e bangue-bangue
na próxima esquina
baianos a vestem de poesia
arranham o céu poluído
povoam estruturas vazias
vozes sem voz
vozes insanas
são paulo.
21/12/1992
Esta é a esquina oculta
De desejos submersos,
Inconfessável mecanismo de fuga
E incontrolável ácido ocasional,
Distúrbio social,
Como surtos de sanidade em meio ao caos
Da delirante normalidade obtusa,
Prefácio literário do anti,
Preço impagável da sociabilidade,
O delírio gratuito da loucura.
E eu desenhando cenários de Dali
Na ante-sala de Freud
Tocando no som distorcido violino de Paganini
Escrevendo os escritos de Joyce
Lendo os girassóis expressionistas de Van Gogh
Na esquina da criação
Coma insanidade
Cruzamento com a rua
Da genialidade.
24/10/1995
Ainda não me dei conta da estranheza
desses versos que escrevo tropegamente
nas taças de vinho que publico,
no choro que bebo,
na solidão que percebo,
na sala de visitas sem cortinas
ou móveis,
Meu coração desalugado.
24/10/1995
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