9.6.07

Sublimidade

Só não conto os fatos de minha vida: sou secreta por natureza.

As madrugadas vêm me encontrar pálida de ter vivido a noite dos sonhos fundos.

Mas como fazer se não te enterneces com meus defeitos, enquanto eu amei os teus.

trechos de Água-viva, de Clarice Lispector

2 comentários:

Anônimo disse...

Hoje eu estou tão sensível... Amo Clarice Lispector. Amo a arte da palavra. Escrevi essa poesia no dia 08/02/1992.

Não consigo escrever uma poesia:
Estou calada, presa;
Triste calma!
Não que a poesia seja minha voz:
É a minha alma,
São os meus olhos,
É a minha boca e a louca
Que me habita,
Me odeia e encanta,
Que me ama e espanta,
E me faz viver.

Louca!
Quem dera a palavra não fosse tão pouca,
Quem dera o desejo não fosse tanto...
Queria mais encanto,
Talvez o fim da espera.
Não consigo escrever uma poesia.
***

Anônimo disse...

A chuva caía
Pingava na minha janela
Corria na ribanceira
Passava por entre a feira
Embaçava o vidro do carro
Crescia e caía mais forte
E em flertes me dizia, baixinho:
"Vou caindo devagarinho..."

18/11/1982

Eu escrevi essa poesia quando estava va 5ª série. Mostrei para a minha professora de Português, e ela mandou chamar a minha mãe para ir até à escola. Fiquei com medo, não entendia, mas ela só queria falar sobre a minha criatividade (!)Achei que ia levar uma bronca!

Blog Widget by LinkWithin