"Ao conversar com minha filha, às vezes me dói a responsabilidade de conduzir sua inocência."
Fabrício Carpinejar, no livro Terceira Sede.
Fabrício Carpinejar, no livro Terceira Sede.
Nome | Livros | Páginas | |
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1 | Marina Timm | 20 | 8980 |
2 | Marcelo Ricardo | 24 | 6622 |
3 | Rosane Barbetta | 27 | 6415 |
4 | Alcindo Almeida | 25 | 6159 |
5 | Rodney Eloy | 31 | 5789 |
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3 comentários:
Mas eu... se tiver filhos vou ser criança junto com eles, que não há nada melhor... Rir junto, ver os filmes, brincar junto e contar histórias, tipo uma irmã mais velha, cúmplice também. Esse negócio de mãe chata creio que não vai dar pra mim, não. Mas a gente só sabe como é na hora que acontece, né? Com as crianças me comunico bem, brinco junto, e elas aceitam minha autoridade naturalmente, diria mesmo que é liderança. As perguntas não me parecem absurdas, todas têm sua lógica. Os medos também não são, nem as coisas sérias são desimportantes. Trato criança com seriedade, viu? Que de boba criança não tem nada...
Eu amo minhas filhas,
Elas são a parte do meu corpo que mais dói, como dor de nervo.
Conheço o amor mais forte que um ser humano pode ter,
amor que suaviza,
amor doação,
amor força.
Elas me fazem ter certeza que não deixaria de viver as piores turbulências da vida e ter um futuro condenada a viver só, mas não abriria mão de tê-las em meus braços e ser mãe exatamente delas.
OK, ontem fiquei pensando: e se eu tiver um filho/filha mesmo, um dia? Nas coisas práticas da vida, que decisões eu tomaria? Pois então cheguei a algumas conclusões. Vou compartilhá-las: 1. se meu filho rabiscar as paredes com giz de cera ou lápis de cor não vou brigar com ele, mas sim lhe dar uma resma de papel almaço de presente; 2. em ocasiões especiais meu filho terá todo o direito de comer algodão-doce, mascar chicletes, comer chcolates, chupar balas, comer pipoca e afins, e eu vou andar com sua escova de dentes e pasta dentro da minha bolsa; 3. meu filho vai poder andar descalço em casa, na grama, assim como se lambuzar de doce, de tinta guache e do que mais ele quiser, e eu não vou brigar nem um pouquinho, talvez até me lambuze também; 4. meu filho vai ter o direito de subir em árvores, pular cercas, andar de bicicleta, patinete, skate etc., e se se machucar eu vou dar muito beijinho no lugar machucado e segurar no colo até ele parar de chorar; 5. meu filho vai ter o direito de escutar 50 vezes ou mais a mesma musiquinha que ele ama, ou ouvir o dia inteiro a mesma historinha; 6. vou contar uma historinha sempre, todo dia, antes dele dormir; 6. se tiver dor de ouvido, dor de garganta, febre, catapora, sarampo, caxumba etc. vou ter sempre muito café em casa e passar a noite acordada até ele ficar bem. se não melhorar, vou pro hoispital, nem que seja de pijamas; 7. quando meu filho quiser brincar de teatrinho ou cantor ou seja lá o que vou brincar junto com ele; 8. meu filho vai ter quantos animais de estimação quiser, ele vai aprender a amar e respeitar os animais desde cedo e vou ensiná-lo a plantar feijão no algodão, além de mostrar como se faz uma horta. ele vai ter a alegria de colher do solo um legume que era só uma sementinha (acreditem, isso é como descobrir a américa); 9. no aniversário do meu filho nada de macfesta, macdia ou afins: brigadeiro, bolo, suco, refrigerante, cajuzinho, etc., com direito a língua de sogra, apito, chapéu e balão; 10. vou responder de modo claro e sereno a cada pergunta que meu filho me puser, mesmo que não seja de imediato, mesmo que eu inicialmente morra de vergonha. mas não vou inventar cegonha, papai noel nem coelhino da páscoa; 11. vou ficar horas olhando meu filho dormir, vendo nele os meus traços, os traços do meu marido, vendo nele a perfeição do que Deus cria através de nós, e vou ficar, como em geral acontece, muito babona e emocionada. 11. e assim sucessivamente, em cada situação nova e diferente, espero sempre ter paciência, alegria e amor pra estar junto, ao lado, nunca acima, de dedo em riste.
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