Sob o título, "Carnaval do Rio: A face escondida da maior festa do mundo", a chamada traz a foto de um folião tocando pandeiro, que ocupa mais da metade da primeira página. O texto fala da impotência das autoridades cariocas para diminuir a criminalidade.
O jornal dedica uma página inteira ao tema. Conta como na frente de agentes da polícia armados com metralhadoras e com coletes à prova de bala os chamados "aviõezinhos" – vendedores de droga na base da pirâmide do comércio ilegal, normalmente menores de idade – oferecem maconha, crack e cocaína aos gritos no centro do Rio, ao lado do Palácio do Samba, ao lado de bancas de churrasquinhos e cerveja.
O correspondente no Brasil do Público, Nuno Amaral, escreve sobre o recém-descoberto túnel entre a quadra da Mangueira e as bocas de fumo, e sobre a ligação entre a escola de samba e o traficante Francisco Testas Monteiro, o Tuchinha, que compôs o samba-enredo da escola este ano. Menciona também o "micro-ondas", como é chamado o local onde os traficantes ateavam fogo em denunciantes, dissidentes e quem devia dinheiro.
Num outro texto, ele relata como na Praça General Osório, no centro do Rio, o jogo do bicho é vendido em bancas. Diz que este ano a polícia tentou afastar do Carnaval os dois principais controladores do jogo do bicho, o Capitão Guimarães (Ailton Guimarães Jorge) e o Anísio (Aniz Abrahão David). Mas as autoridades ainda acreditam que eles controlem a Liga das Escolas de Samba (Liesa), para a qual são canalizados R$ 5 milhões de dinheiro público, afirma o jornal.
Sobre a música que se ouve durante a festa, também há um comentário: o diário nota que o samba está sendo substituído pelo funk, o ritmo das favelas.
fonte: BBC
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