19.2.08

O império de (P)Edir Macedo (23)

O fundador e líder da Igreja Universal do Reino de Deus, o bispo Edir Macedo, foi indiciado em inquérito instaurado pela Polícia Federal, na cidade de Itajaí (SC). O bispo enfrenta a acusação de fraudar uma procuração para retirar do ex-bispo Marcelo Nascente Pires ações da TV Itajaí, pertencente à Rede Record. Annibal Wust do Nascimento Gaya, delegado responsável pelo caso, viu indícios de possível prática de crimes de falsidade ideológica e a utilização de documento falso para transferência das cotas sem o conhecimento de Pires.

De acordo com os advogados do bispo Macedo, ele ainda não foi ouvido, já que não está no país, mas nos EUA. Na intenção de evitar a prescrição, quando já não seria possível punir eventualmente o bispo, o delegado formalizou o "indiciamento criminal por qualificação indireta", enquanto aguarda as respostas de carta rogatória enviada aos EUA. Segundo informa reportagem da Folha de S.Paulo, o delegado encerrou as diligências e enviou relatório ao Ministério Público Federal, que poderá rejeitar as conclusões ou denunciar o bispo. Caso condenado, estará sujeito a pena de 1 a 5 anos de prisão.

Marcos Pires era do grupo de confiança de Edir Macedo e comprava ações com empréstimos financiados por empresa ligada à Iurd. Em declaração ao delegado Gaya, Pires relatou que foi sócio cotista da TV Vale do Itajaí até o ano de 2001, quando, por meio de procuração "inidônea", segundo ele, deixou de ser participante da emissora quando as cotas sociais da mesma lhe foram retiradas.

Pires ressalta que tudo foi feito a sua revelia e nada recebeu em troca, pois a procuração apresentada na Junta Comercial de Santa Catarina, responsável pela desapropriação das cotas, continha dados que não correspondiam a sua vontade, inseridos depois que assinou o documento.

Já o advogado do bispo Macedo, Arthur Lavigne, declara que "a questão é cível" e que, "a princípio, não viu matéria criminal". "O bispo Edir Macedo nunca se negou a prestar esclarecimentos à Polícia Federal". De acordo com Lavigne, o delegado Annibal Wust do Nascimento Gaya insistia em que Edir Macedo fosse levado a Itajaí, para prestar depoimento. "Mas o bispo mora nos Estados Unidos, e o normal é o envio de uma carta rogatória", diz o advogado.

fonte: Portal Imprensa
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colaboração: Marília Cesar

Mais um caso que exala aroma nada santo...

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