O que existe é a Fé.
Mas o QUE vemos é o dogma. Esse que mantém a prática, o fazer, o pensar e o comportamento. Tudo o que passa daqui, desta caixinha de promessas, é do maligno, dizem.
Mas não é assim a vida. A vida é composta sempre de novos ares. Ares de revolução, do novo, do não tão novo, do trágico, do não sei, do sei, do gostaria de saber, do amor, da paixão, da razão e tantas outras inconstruções, descontruções e reconstruções. Nada que seja estático, previsível, concreto e esteja no campo do livre-arbítrio.
Mas, o que há é certa “fé” onde não existe, muitas vezes o não sei.
Já a poesia é o cantar dos pássaros sem nenhuma espécie de partitura e nem tubo de ensaio. Onde está a partitura do canto do Sabiá Laranjeira? Não sei. Mas é linda.
Falta poesia nesta "fé". A poesia que canta a dor, que sente a tragédia, que compadece-se do choro de quem não entende.
Que nasçam mais poetas. Que as mães cantem doces e belas poesias aos seus rebentos para esses, apaixonados por esse canto, queiram encontrar seu Autor Maior. Não as partituras (parti-duras), mas a Fé. A Fé de quem não sabe. Fé que é um salto no escuro. Fé como prática que sabe que o outro não solo fértil para os dogmas mas para a Fé. Fé sem medos.
Mas há muito medo. Medo até do diabo. O diabo tem mais poder nesta espécie de “fé” do que outra coisa. É o diabo que tira o dinheiro, que leva o filho para as drogas, que tira o adolescente da "igreja", que divorcia os casais, enfraquece a "igreja" e tem até (dizem) o poder de enfraquecer a fé. Será que o diabo sabe disso tudo? Pobres seres que não conhecem a tragédia em fé. Que vêm o abismo como desvio(ado).
Que venham os poetas e cantem ao sol suas lindas poeisas,
Vando, no blog Dos dois lados do Equador.
20.4.08
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