A guerra entre a Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) e a Globo está crescendo de intensidade não só nas telas (via Record), mas também na Justiça - por enquanto, com uma vitória acachapante da Globo. No início da semana, a Globo conseguiu sua 60ª sentença favorável no Juizado de Pequenas Causas contra fiéis da Iurd. Eles citaram a emissora por causa de um episódio do recém-extinto Linha Direta.
O motivo? No programa, exibido em novembro de 2006, o pai de um adolescente que fora assassinado afirma: "Eles fizeram a fogueira santa com o meu filho". Seu filho, Lucas Terra, foi queimado vivo na Bahia em 2001 por um integrante da Iurd. Pelo assassinato, o Tribunal de Justiça da Bahia condenou no ano passado a Universal a indenizar os pais de Lucas em 1 milhão de reais.
A Globo foi citada num total de 95 ações por causa desse programa. Todas as ações iguaizinhas, como de costume - e em diversos estados. A emissora dos Marinho venceu tudo até agora. Mas ainda faltam 35 para serem julgadas. Em sua defesa, a Globo alegou que o nome da Universal não foi pronunciado no episódio.
Acabou? Nada disso, a guerra continua. Ontem, mais uma ação indenizatória foi proposta por um fiel do bispo Edir Macedo. Ivanildo da Silva acusa a Globo de discriminação pela forma com que a emissora refere-se à Universal: "seita". Ivanildo afirma que a expressão revela preconceito contra a liberdade religiosa. Por enquanto, é apenas uma ação. Pela lógica dos acontecimentos recentes, se dará o milagre da multiplicação de ações por vários estados.
Lauro Jardim, no Radar Online.
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