4.4.08

O sonho não acabou

O mundo e principalmente os EUA lembram hoje os 40 anos do assassinato de Martin Luther King Jr., um dos mais notórios ativistas dos direitos civis e o mais jovem vencedor do Prêmio Nobel da Paz. King foi morto em um hotel em Memphis, nos Estado do Tennessee em 4 de abril de 1968. Ele havia viajado para a cidade para apoiar uma greve de lixeiros.

Luther King nasceu em 1929 em Atlanta, no Estado americano da Geórgia, e se graduou no Morehouse College, em 1948, com um bacharelado em sociologia. Ele se casou com Coretta Scott King em 1953. O casal teve quatro filhos.

O ativismo político de Luther King começou em 1955 em Montogomery (Alabama) - onde era pastor da Igreja Batista -, quando Rosa Parks, uma mulher negra, se negou a dar seu lugar em um ônibus para uma mulher branca e foi presa.

Os líderes negros da cidade organizaram um boicote aos ônibus de Montgomery para protestar contra a segregação racial em vigor no transporte. Durante a campanha de 381 dias, co-liderada por King, muitas ameaças foram feitas contra a sua vida, ele foi preso e viu sua casa ser atacada.

O boicote foi encerrado com a decisão da Suprema Corte Americana em tornar ilegal a segregação em transporte público. Depois disso, Luther King organizou e liderou marchas a fim de conseguir o direito ao voto, o fim da segregação, o fim das discriminações no trabalho e outros direitos civis básicos.

A maior parte destes direitos foi, mais tarde, agregada à legislação americana com a aprovação da Lei de Direitos Civis (1964) e da Lei de Direitos Eleitorais (1965).

Em 1964, ele foi a pessoa mais jovem a receber o Prêmio Nobel da Paz, que lhe foi entregue em reconhecimento à sua liderança na resistência não-violenta e pelo fim do preconceito racial nos Estados Unidos.

As palavras mais famosas do líder pacifista foram ditas em 1963, em frente ao monumento em homenagem ao ex-presidente americano Abraham Lincoln (1861-1865), em Washington: "I have a dream" ("Eu tenho um sonho"). Luther King referia-se ao sonho de que um dia seu país vivesse sob a certeza de que todos os homens foram criados para viver em igualdade.

Martin Luther King era odiado por muitos segregacionistas do sul dos Estados Unidos, o que culminou em seu assassinato no dia 4 de abril de 1968, momentos antes de uma marcha, num hotel da cidade de Memphis (Tennessee).

James Earl Ray confessou o crime, mas anos depois repudiou sua confissão. A viúva de King, Coretta Scott King, junto com o restante da família do líder, venceu um processo civil contra Loyd Jowers, um homem que armou um escândalo ao dizer que lhe tinham oferecido US$ 100 mil pelo assassinato de King.

Em 1986, foi estabelecido um feriado nacional nos EUA para homenagear o reverendo, o chamado Dia de Martin Luther King - sempre na terceira segunda-feira do mês de janeiro, data próxima ao aniversário de King, que nasceu em 15 de janeiro. Em 1993, pela primeira vez, o feriado foi cumprido em todos os Estados do país.

fonte: Terra
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colaboração: Beto Ramos e Marco Aurélio

Como diz o Reinaldo Azevedo, + tarde volto p/ comentar uns lances s/ esse assunto.

4 comentários:

Pavarini disse...

Há algum tempo, foi citado o nome do Martin Luther King no papo que estava rolando c/ um teólogo.

Imediatamente o cara começou a falar s/ as amantes do líder negro e desatou a fazer considerações de ordem moral. Nada mais... Como se a vida de alguém se resumisse à área sexual.

Alguns posts abaixo, o vício se repetiu qdo alguém se escandalizou c/ os trejeitos do carinha que cantou a música da Aline Barros.

Sem resistir à blague politicamente incorreta, quem manda ficar cantando "Sou uma florzinha de Jesus" na Escola Dominical todas as semanas? rsrsrs

Sério agora. Como diz a frase clássica do Tolstói, “há quem passe pela floresta e só veja lenha para a fogueira”.

Depois reclamam qdo somos retratados como fanáticos intolerantes...

Humberto R. de Oliveira Jr disse...

É, Deus nos ajude a sermos sensatos!

Sexo é tão bom, é tão gostoso, e falar de sexualidade é algo tão interessante que alguns não se cansam de sentar o pau na vida sexual alheia. Pecado é pecado, e somos todos pecadores, isso deveria tornar nossas palavras mais brandas.

Mas acontece que o sexo já se tornou um ídolo, um deus! A sociedade se entrega à idolatria da vida sexual promíscua e os crentes à uma "sacralização" perversa desse bem, presente e dom entregue por Deus aos homens.

Felipe Fanuel disse...

Salve o Reverendo Luther King! Nada manchará sua eterna história. Ele é um dos poucos profetas que nossos tempos modernos puderam ouvir.

Oh, Pava, essa história que você contou aí lembra um professor que tive no seminário que só vivia falando que o Tillich era viciado em revistas-de-adulto. (rsrsrs) Mas ele nunca foi capaz de falar alguma coisa sobre o pensamento do cara. O que isso quer dizer? Por trás do moralismo, está um ignorância sobre uma teologia que não teve medo de ser criativa diante da modernidade tão demonizada pelos conservadores.

Pavarini disse...

Fanuel,

Esse assunto é tratado c/ tanta hipocrisia e leviandade que é difícil p/ muita gente encontrar um ponto de equilíbrio.

Dia desses vi o desespero de adolescentes que tinham pesadelos c/ beijos que tinham dado antes da conversão. Hoje, aprenderam na igreja que só pode beijar na boca na lua-de-mel. (Pelo jeito, transa só nas bodas de ouro... rsrs)

PS: Beto, esse lance de "sentar o pau na vida sexual alheia" realmente é beeeeem perigoso! =]

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