11.5.08

Converse com estranhos

I don’t want clever conversation
Don’t want to work that hard
I just want someone to talk to
I just want you the way you are*

A força da conversa é preciosa e vital. Preciosa pois somos ligados uns aos outros. Vital no sentido estrito, pois a conversa nos dá vida.

Muitos cristãos – que ainda não conheço pessoalmente – fazem parte de minhas conversas. Aparentemente estranhos, são eles que me fazem ver o Corpo de Cristo e perceber além das fronteiras físicas, que o Reino vai bem, obrigado. A despeito é claro da igreja institucionalizada e do esforço claustrofóbico de muitos líderes, o Espírito sopra e vai onde quer.

Querendo Deus – quem impedirá?

*Não quero conversas espertas, preparadas ou ensaiadas. Não é pra se elaborar, para dar trabalho. Eu quero alguém para falar, do jeito que você é. E pronto! A Diana Krall cantando é dez!

Vou listar alguns dos estranhos que estou a conversar neste fim de semana: via Pava, fui para o Tody, que me fez ir para a Tady.indo, e descubro mais irmãos e irmãs nesse mundão afora.

Tem um ditado que diz: Quem não conversa, jacaré pega na estrada. (Modestamente revelo que essa fui mais uma das milhares que pessoalmente cunhei). Mas a voracidade do jacaré é exemplar, porque muita gente está tão entretida em picuinhas, que esquece de conversar. Fica no passado. Constrói o cristianismo dentro dele, não pra fora. Valoriza medalhão.

Por exemplo, dia desses vi numa postagem a seguinte pergunta: “O que o senhor acha de dança no templo?” Pergunta elaborada em pleno ano 2008. E preste atenção porque por 'templo' ele está querendo dizer o prédio da igreja onde os irmãos se reúnem. Ou seja a pergunta já nasce errada! E mais, o certo seria - ao invés de perguntar para medalhão, sair por aí e conversar com os jovens, e ver o que está acontecendo no mundo. Agora, o que tem a ver a dança (expressão artística, coreografia, música com bateria ... e outros babados), o cara tem que abrir mão de seus gostos pessoais, não se fiar na opinião de especialista para ditar as últimas normas e sim buscar consenso, união. E sempre em amor.

Em plena era da internet, conversar precisamos, viu senhores anciãos e anciães.Conheci ainda agora o nome de Moises Neves. O Senhor já o chamou. O Adriano escreve um requiem para ele, que foi aqui no Brasil a cara dos KKs – King’s Kids. Vi dezenas e dezenas de adolescentes sendo literalmente abençoados por esse trabalho que envolve coreografia e dança. E também vi várias apresentações no templo(!). E de igreja Presbiteriana!! Fico sabendo que vários irmãos – Tody e Ricardo Diversitá por exemplo, estão entre os que foram fortemente influenciados por essa iniciativa.

Em seguida vou conversar (ou ouvir, ou aprender) com o Jotah Mossadihj. E por ele mantenho minha admiração pelo Sandro (ainda um 'estranho'), lembro-me do Renovatio Café, do Luis Fernando Batista . E lembro que ontem mesmo, bati um papo com outro próximo-estranho: o Thomas a quem acompanho as aventuras há duas décadas, praticamente. Quando me vejo estou lá a conversar com ele sobre seus pais!

Epílogo

Converse com estranhos - daqueles que se tornam transparentes diante do mundo. Converse com estranhos – daqueles que são corajosos para serem eles mesmos, do jeitinho que são. Converse com estranhos – daqueles que, pelo tom da voz, você identificará o amor de Cristo.É isso mesmo, meu conselho, se posso oferecer um é: Converse com estranhos!

Volney Faustini

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