Um candidato a estagiário estava atrasado para uma entrevista. Na pressa, atravessou correndo a rua em frente à empresa sem olhar para os lados, e foi atropelado por um carro.
No instante seguinte ele se viu num lugar estranho, cheio de nuvens pelo chão. Sem saber bem o que estava acontecendo, o candidato a estagiário viu duas portas. Em uma estava escrito "céu" e na outra "inferno".
Precavido, ele abriu a porta do céu e foi recebido por um senhor de barbas brancas. Após explicar o quê havia acontecido, o candidato a estagiário foi informado que naquele momento o céu não tinha vagas para estagiários, e que ele deveria voltar no mês seguinte. Enquanto isso, o senhor de barbas brancas sugeriu que não custava nada o candidato a estagiário dar uma olhadinha nas condições oferecidas pelo inferno.
Desconfiado, o candidato a estagiário abriu a porta do inferno e foi recebido por uma simpática recepcionista que imediatamente o encaminhou ao gerente de recrutamento. Muito sorridente, o gerente disse que o inferno estava mesmo precisando de estagiários e abriu uma janela.
Por ela, o candidato viu uma multidão de jovens em volta de uma piscina, dançando e se divertindo, e aí confessou ao gerente que sempre tivera uma visão muito diferente do inferno.
O gerente falou que a imagem negativa do inferno era um trabalho de marketing da concorrência e que o inferno era aquilo mesmo: só alegria e felicidade, e praticamente nenhum trabalho. Feliz da vida, o candidato assinou a ficha de inscrição e foi encaminhado para uma porta.
Ao entrar, foi agarrado por dois supervisores capetas e atirado num caldeirão de óleo fervendo, e viu um monte de estagiários em volta na mesma situação, gemendo e gritando de dor. Surpreso, o estagiário perguntou a um gerente capeta que estava passando, o que estava acontacendo.
E o gerente explicou: "Você está sendo castigado porque cometeu os dois pecados mais graves que um candidato a estagiário pode cometer. O primeiro é aceitar o primeiro emprego que aparece, e o segundo é acreditar em tudo o que a empresa promete."
Max Gehringer, em Clássicos do mundo corporativo (Globo).
26.5.08
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário