Hoje não quero muito,
não farei requintadas exigências,
não requererei o melhor da vida nem o melhor dos céus,
hoje não ambiciono nada além do nada.
Hoje quero bailar tristemente em companhia da angústia,
quero permissão para errar,
não pretendo ferir ninguém,
será um erro virtual,um pecado da mente,
uma heresia frágil,
um devaneio autoflagelatório.
Por que não ser masoquista uma vez sequer?
Não vou reprimir minha face melancólica,
quero choro, solidão e embriaguez.
Contudo, faltaram-me os bons vinhos;
hei de me embriagar com as lágrimas...
Ah, que fracasso! também me faltam as lágrimas...
Apenas um nó na garganta me restou!
Beto Ramos, no Habla Poética.
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