14.7.08

Enxurrada do Malafaia

O leitor Luiz Alberto envia um e-mail indignado com o que viu na televisão: "Assistindo ao programa do pastor Silas Malafaia, fiquei desapontado ao vê-lo insuflando seus seguidores a se colocar contra VEJA, por ela ter publicado um artigo que seria contra os conceitos de sua crença. Ele deu o endereço do correio eletrônico de VEJA para que todos se manifestassem contra o artigo ‘A fé dos homofóbicos’, publicado na revista. Disse o pastor: ‘Escrevam todos para VEJA, que é inimiga dos evangélicos, expressando a nossa indignação’".

Malafaia, segundo diz o leitor, referia-se à coluna de André Petry, publicada na edição de 2 de julho, em que o colunista e correspondente de VEJA em Nova York dizia: "Os evangélicos estão anunciando o apocalipse caso o Senado faça o que a Câmara já fez: aprovar lei punindo a homofobia com prisão".

Um total de 1 452 leitores atenderam ao chamado de Malafaia e escreveram a VEJA, embora nem todos protestando contra o artigo. Em meio a uma enxurrada de mensagens agressivas, muitas eram de evangélicos que apóiam o projeto e outras de evangélicos que, mesmo sendo contra o projeto, trataram o assunto de forma sóbria e razoável, como é o caso de Monica da Silva Santos, que escreveu: "De maneira nenhuma odiamos ou desprezamos os homossexuais, pois a Bíblia revela que o maior mandamento é amar ao próximo como a nós mesmos. Respeitamos esse segmento, só não concordamos com suas práticas".

O pastor Malafaia conseguiu seu objetivo, mas montado num engano. VEJA não é contra os evangélicos e já o ouviu em reportagens sobre temas religiosos. Os colunistas de VEJA têm liberdade para opinar e seus artigos não refletem necessariamente o pensamento da revista. Por seu lado, os leitores, evangélicos ou não, têm todo o direito de escrever para expressar seu ponto de vista, mesmo sem o incentivo do pastor.

fonte: Veja

4 comentários:

William Campos da Cruz disse...

E não vai comentar o caso dos homossexuais que estão processando a Thomas Nelson Publishing? Viu isso?

http://www.wnd.com/index.php?fa=PAGE.view&pageId=69147

daladier.blogspot.com disse...

Prezados, a VEJA divulgou na semana posterior á coluna em pauta que 60 pessoas comentaram o artigo do André Petry. Quinze dias depois, disse que foram 1452!? Que diferença absurda!

A contradição principal é que segundo o colunista os evangélicos desejam uma licença para perseguir os gays. Como se os duzentos homossexuais que morreram este ano no Brasil houvessem sido assassinados por nós, ou em nossas igrejas. Obviamente, não é verdade.

VEJA disse que Silas Malafaia foi inconsequente ao pedir aos seus telespectadores que escrevessem à revista, criticando o artigo de André Petry. Segundo a revista ele devia ter direcionado os e-mails para o colunista, que tem autonomia para dizer o que quiser, e se eximiu da responsabilidade quanto ao que ele o faz.

Para tentar esclarecer o que realmente houve, se é que podemos usar estar palavra, Petry reservou uma parte de sua coluna da semana, 16/07, para se referir às "centenas de pessoas que acusaram este colunista de evangelicofóbico, por denunciar a campanha homofóbica de certos evangélicos contra a lei que criminaliza a discriminação dos gays". Ele pinçou, como compete a um "bom" jornalista e a uma revista "isenta", três comentários favoráveis à sua causa, feitos por evangélicos, classificando-os de "um clarão de luz"!

Primeiro, ele teve o cuidado de distinguir evangélicos de evangélicos, o que nunca fez em seus artigos sobre. Aliás, a revista segue a mesma abordagem, como a mídia em geral. Ele e a revista entendem tanto de evangélicos que ao citar um comentário classificou o missivista como cristão luterano! Qual o luterano que não é cristão!? Segundo, nós não somos homofóbicos. Temos uma posição diferente, baseada na Palavra de Deus, que é nosso guia e regra de conduta e fé. Se André Petry ou alguma outra pessoa a acha ultrapassada, nada podemos fazer a respeito. Entretanto, nós evangélicos não queimamos gays na fogueira, nem hoje nem na história, nem aconselhamos ninguém a fazê-lo!

Queremos ter o direito de criticar e ser criticados. Como boa parte dos 1452 (Será? Já duvido do número!) leitores da revista o fizeram. O que não poderá ocorrer com a aprovação do PL 122/06. Aliás, o Petry diz que foram centenas de leitores, logo corrobora o erro da contagem da revista.

Termina sua coluna falando em bom senso, segundo ele existe para todos, ou seria para os outros? Aliás, quando a mídia falar esta palavra sobre os evangélicos, fico alerta. Eles só não usam o bom senso para nos compreender. Para exemplificar, quando vocês viram uma resenha em VEJA, sobre o lançamento de um álbum de cantor evangélico, mesmo uma Aline Barros da vida?

Nem viram, nem virão. E nós não estamos brigando por nenhum espaço exclusivo para nós.

Anônimo disse...

Pelo que entendo sobre a homofobia, os homossexuais querem abrir uma lacuna na lei que proíbe a discriminação, porque então o malafeia e seus seguidores tresloucados não pegam o "gancho" e não abrem mais uma lacuna para que seja aprovada a lei da evangelicofobia
Será que essa idéia vinga?*rs...

Unknown disse...

Infelizmente quem postou esta informação esqueceu de colocá-la por completo, com a resposta do próprio pastor Silas Malafaia em outra edição posterior na VEJA. Quem colocou deve completar a informação.....

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