Foi-se o tempo em que se contavam nos dedos as viagens de avião. Ou em que móveis criados por designers só podiam ser vistos nas páginas das revistas ou em que os vestidos esvoaçantes das passarelas eram privilégio das lojas de alta costura. A sociedade de consumo democratizou-se. Hoje a passagem de Madri a Dublin custa 15 euros e o percurso entre móveis assinados e roupas de grife até as lojas populares está cada vez mais curto, pelo menos nos países desenvolvidos. Produtos e serviços antes acessíveis só às classes mais altas agora estão à disposição na Europa e Estados Unidos, e isso começa a ocorrer também nos países emergentes.
A sociedade low cost, como está sendo chamada essa classe que quer sempre o melhor sem ter de pagar muito por isso, amplia-se cada vez mais. Porém, quais são as conseqüências sociais e ambientais desse consumo desenfreado? Quem responde é o jornalista italiano Massimo Gaggi, correspondente do jornal Corriere della Sera em Nova York, e seu parceiro Edoardo Narduzzi, autores do livro La Fine del Ceto Medio e la Nascita della Società Low Cost (“O fim da classe média e o nascimento da sociedade low cost”, ainda sem tradução para a língua portuguesa).
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