3.9.08

Otimismo verde-amarelo

Uma pesquisa internacional para medir a perspectiva de felicidade da população em 132 países, divulgada nesta terça-feira (2) pelo centro de políticas sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostra que o brasileiro é o povo mais confiante em como estará sua situação daqui a cinco anos.

Numa escala de 0 a 10, o ícone da felicidade futura da população brasileira atinge o topo da pesquisa com 8,78, à frente de Venezuela (8,52) e até mesmo da Dinamarca (8,51). China, Rússia e Índia, países que, com o Brasil, formam os chamados BRICs (grupo dos países considerados os quatro principais emergentes), ficaram para trás no estudo. Os piores são Zimbábue (4,04), Camboja (4,86) e Paraguai (5,04).

A pesquisa foi dividida entre a população de uma forma geral e um outro levantamento feito entre jovens de 15 a 29 anos. Neste último grupo estão os mais otimistas em relação ao futuro do Brasil. O índice nessa faixa etária atinge 9,29, à frente dos Estados Unidos (9,11) e Venezuela (8,87). Os piores do ranking são Zimbábue (4,68), Haiti (5,18) e Camboja (5,37).

Segundo o economista da FGV e coordenador do estudo, Marcelo Neri, dois fatores contribuíram para essa visão otimista do brasileiro: a renda do trabalho do jovem, que teve acréscimo de 10,5% ao ano entre 2004 e 2008, além do aumento dos anos de estudo - de 9,7 em 2004 para 10,4 em 2008.

Números atuais

Se a confiança do brasileiro no futuro é grande, no presente o otimismo é mais reduzido. Com o 52º PIB per capita (PPP) do mundo, ficamos na 22ª posição no ranking da felicidade presente de toda a população (6,77). A pesquisa mostrou que os países com maior PPP, como nações européias, Estados Unidos e Austrália são os que possuem maior felicidade presente. Neste quesito, o povo mais satisfeito do mundo é a dinamarquês (8,02). Entre os jovens, Israel é a nação líder da pesquisa.

fonte: UOL

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