Certos elementos são determinantes nas relações sociais. Um deles é a língua, que é o centro da comunicação, possuindo uma dinâmica que move as civilizações, as sociedades, as tribos, as pessoas, enfim, as relações humanas.
A língua vem antes da comunicação e, por isso, carrega uma série de fatores, que se constituem como um conjunto de atitudes e sentimentos dos falantes. Estes fatores têm a ver com o ambiente cultural no qual cada pessoa está inserida. Dados como faixa etária, sexo, região e grau de escolaridade abrem um horizonte para se detectar os traços lingüísticos em uma dimensão concreta.
Existe um certo preconceito sobre a forma de falar do presidente Lula. Embora há quem diga que esse seu jeito não passe de um esforço maquiavélico para vender a imagem de alguém que fala uma língua mais popular para continuar ganhando o prestígio das massas, o atual homem mais importante do Brasil é fruto de um ambiente sociolingüístico, moldado por uma maneira de se falar bem diferente daquela que ensina o professor Pasquale. Julgar o presidente apenas pela forma que ele utiliza o português no seu discurso é corroborar a tese de que aquele pequeno órgão dentro de nossa boca possui um capital cultural muito alto. Afinal, quer presunção maior do que falar melhor que o presidente?
Hoje isso muda com o novo acordo ortográfico, como bem observou um leitor da Folha na edição do presente dia (01/10/08): "Como ponto a favor da reforma ortográfica, a redução da desigualdade cultural: todos passarão a ser semi-analfabetos." (Luiz Fernando Pegorer)
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3 comentários:
melhor post da semana. somos mesmo o país da piada pronta: 'Lula promulga novo acordo ortográfico'
No fundo... e apesar de ser só um a piada rs, concordo com a escrita de Lula...
Pronto falei. Pois é... rsrsrs (Sou da turma do nao ao preconceito linguístico-escrito =P)
Certos elementos são determinantes nas relações sociais. Um deles é a língua, que é o centro da comunicação, possuindo uma dinâmica que move as civilizações, as sociedades, as tribos, as pessoas, enfim, as relações humanas.
A língua vem antes da comunicação e, por isso, carrega uma série de fatores, que se constituem como um conjunto de atitudes e sentimentos dos falantes. Estes fatores têm a ver com o ambiente cultural no qual cada pessoa está inserida. Dados como faixa etária, sexo, região e grau de escolaridade abrem um horizonte para se detectar os traços lingüísticos em uma dimensão concreta.
Existe um certo preconceito sobre a forma de falar do presidente Lula. Embora há quem diga que esse seu jeito não passe de um esforço maquiavélico para vender a imagem de alguém que fala uma língua mais popular para continuar ganhando o prestígio das massas, o atual homem mais importante do Brasil é fruto de um ambiente sociolingüístico, moldado por uma maneira de se falar bem diferente daquela que ensina o professor Pasquale. Julgar o presidente apenas pela forma que ele utiliza o português no seu discurso é corroborar a tese de que aquele pequeno órgão dentro de nossa boca possui um capital cultural muito alto. Afinal, quer presunção maior do que falar melhor que o presidente?
Hoje isso muda com o novo acordo ortográfico, como bem observou um leitor da Folha na edição do presente dia (01/10/08): "Como ponto a favor da reforma ortográfica, a redução da desigualdade cultural: todos passarão a ser semi-analfabetos." (Luiz Fernando Pegorer)
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