30.11.08

Cada um no seu quadrado

Venho a esta tribuna expressar o meu descontentamento com o modo pejorativo que o décimo sexto Festival de cinema gay, promovido pela Mix Brasil, pretende incentivar o relacionamento homossexual através de filmes de todos os gêneros. Antes, afirmo que não sou homofóbico, todavia, não me curvo a prática descabida do homossexualismo, porque fere os princípios imutáveis do matrimônio Bíblico entre um homem e uma mulher.

É notável e assustador em entrevista da organizadora do evento, Suzy Capó, a desvalorização transgressora que os filmes refletirão nos dias do festival o relacionamento gay, quando a mesma afirmou categoricamente: “minha preocupação era mostrar imagens alternativas às imagens certinhas e caretas da cultura gay. Estava atrás de filmes que fossem transgressores”, disse ela. Segundo a organização do evento a idéia é fazer o gay se enxergar “nu”, identificar-se com as histórias, sem qualquer constrangimento com o seu novo estilo de vida, ao invés de conduzi-lo a um confronto interior de que alguma coisa está errada com ele.

Não é o homossexualismo uma prática transgressora que viola a conduta da família natural, estabelecida por Deus em sua Santa Palavra? Me espanta, e me envergonha ainda mais a postura da organização em levar uma oficina para o público infantil durante o festival. Essa grande festa não enaltece a família, ao contrário, a empobrece. Transmitir um curta-metragem para o público infantil, mostrando figuras geométricas que tentam se “relacionar” é um incentivo à prática errante do homossexualismo.

Por último, me entristeci com o convite feito pela organização aos pais gays: “levem seus filhos”. Eu realmente não acreditei que era um apelo aos pais para levarem suas crianças. Espero que a família brasileira me compreenda. Vamos cuidar de nossas crianças, dá-lhes educação, amor, ensiná-las o caminho da retidão e não desviá-las. A criança precisa ser criança. O meu apelo é esse: que os homossexuais não envolvam seus filhos, sobrinhos, seja lá quem for, na prática do homossexualismo. Até porque hoje, a lei de adoção já permite que casais homossexuais adotem crianças, o que é um absurdo. Não vamos confundir as crianças, não vamos desmoralizar a inocência que há nelas. Família brasileira, una-se ao meu apelo.

trecho de discurso proferido pelo Dep. Zequinha Marinho, vice-presidente da Frente Parlamentar Evangélica no Congresso Nacional, em 21/11/2008 no Plenário do Congresso Nacional.

fonte: clicgospel

comentário: Mais uma lamentável declaração moralista de um político da bancada evangélica. E depois temos a coragem de dizer que não somos homofóbicos... Por convicção, eu também não sou simpatizante do movimento homossexual. Mas isso não quer dizer que eu tenha que ficar criticando e me envolvendo e criticando os assuntos "deles". Se ele não pertence ao "movimento gay", que direito tem de criticar o denominado "décimo sexto Festival de cinema gay"?

Não sei o teor do conteúdo desse festival, mas isso nem vem ao caso. Que direito a sociedade tem para julgar isso? Só porque são gays? Diariamente vejo cenas que me escandalizam muito mais. Como prostitutas às 2 da tarde paradas no Largo do Paissandu ou na Praça João Mendes, no centro de SP. E ninguém faz nada em relação a isso.

Os evangélicos do Brasil são engraçados. Ninguém (nem governo, polícia ou organização) pode se intrometer nos "negócios" da igreja, pois o ato é visto como preconceito, perseguição religiosa etc... Para os crentes, as regras e doutrinas de cada comunidade (como o direito não realizar casamento gay) devem ser respeitadas e estão acima da lei. Por outro lado, a igreja acha que tem total direito de interferir e criticar o que é organizado pelos homossexuais. Ou seja, ninguém pode me criticar, mas eu posso criticar todo mundo. Belo discurso esse o da igreja. Ainda bem que essa tal igreja evangélica brasileira, não é a Igreja (com I maiúsculo). Não é a noiva de Cristo.

Enfim, está na hora de parar com essa disputa estúpida: Evangélicos x Homossexuais. Ninguém deve impor nada à Igreja, e a Igreja não deve tentar impor seus padrões morais para a sociedade. Como diz a música da moda "cada um no seu quadrado".

Saulo Luz, no blog Sal com pimentas.

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5 comentários:

berna disse...

Tenho um vizinho que é homossexual, mas eu nunca o critiquei, mas procurei respeitá-lo, mesmo sabendo que ele pensa e age diferente de mim. Eu descobri que ele gostava de pizza e ai comprei uma e dei para ele. E esse ato fez muita diferença.(entenderam?). Um ato vale mais do que mil palavras, concordam?

Anônimo disse...

Você acaba de ganhar o prêmio Seleção de Ouro do MaisBlog,
para você pegar o selo acesse:
grupomais.blogspot.com
e pege-o no fim da página!!

Murilo Pruner disse...

Olá,
Parabéns pelo blog e pelo seu comentário. No momento em que a igreja evangélica brasileira parar de criticar e colocar mais a "mão na massa" este Brasil será muito diferente.

Só uma sugestão... seria legal vc deixar mais claro que a primeira parte do post não é um comentário seu. Talvez coloque grifado a primeira parte, ou inicie com um parágrafo avisando que o texto abaixo pertence ao deputado.

Grande abraço.

Pavarini disse...

Olá, Murilo.

Este post foi copiado do blog do Saulo, o que inclui as ponderações dele.

Meus comentários estão sempre em verde, cor do meu Palmeiras, o melhor time do Brasil... apesar da campanha meia-boca neste ano. =)

abraço

Douglas Negrisolli disse...

O fato do Sr Zequinha criticar os homossexuais implica em uma homofobia latente que ele obviamente não entende. Uma coisa é atacar, outra coisa é defender sua opinião... é muito possível alguém defender sua opinião sem ofender; defender sem atacar.
Pena que este atributo seja para poucos, e pena que este Sr Zequinha possa ser tão (des)crente ao ponto de conseguir afastar mais ainda os homossexuais da Igreja, principalmente pois quando Jesus esteve aqui, veio para amar... Demonstrando hostilidade vc não ama, apenas afasta.

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