30.11.08

Mais um pouco sobre adoração...

Domingo que vem é dia da minha equipe tocar no culto. Fica sob mim a responsabilidade de escolher as músicas que vamos tocar. Quantas e quantas vezes fiz essa escolha, a das músicas, mas confesso que essa semana estou me sentido diferente em relação a isso. Algo me incomoda, e tenho pensado muito sobre esse lance todo de música, cantar, adoração, louvor. Na verdade ontem ao deitar perguntei a Deus: "o que você quer que a gente cante prá você no domingo?". Ainda estou esperando a resposta...

Mas algumas idéias estão me vindo á mente. Estou começando a pensar seriamente nesse lance de ficar repetindo músicas só porque estão na moda (ou na mídia). Músicas são expressão de louvor, certo? Então deveriam fluir espontaneamente do nosso coração, como algo natural. Não deveríamos ficar copiando o que os outros estão cantando, e até mesmo os falsetes da voz da ilustre irmã!

Imagine que você está numa sala conversando com Deus (é isso que acontece na hora dos cânticos a Igreja). Imagine que todas as vezes que você se aproxima dele e diz que vai cantar algo prá lhe engrandecer, você sempre fala as mesmas coisas (músicas). E o pior, todas as vezes que nos achegamos a Ele prá cantar, copiamos os trejeitos, suspiros e tudo o mais dos outros que já vieram antes! Será que Ele não se cansa disso? É prá se pensar...

Estou pensando nessa dinâmica toda da música de adoração. Ela deveria surgir de uma experiência pessoal e única do adorador. São palavras em forma de melodia que exaltam a Deus por algo pelo qual o adorador passou. Sendo assim, as músicas de adoração deveriam ser tão diferentes quanto as nossas impressões digitais. Cada Igreja deveria cantar aquilo que Deus está fazendo em seu meio, naquele momento. A escolha das músicas deveria se dar por esse critério, e não pelo modismo, ou pelo ritmo (hit?) do momento. Isso tem me incomodado.

É por isso talvez que a nossa adoração em forma de música no momento do culto seja algo tão superficial e tão emotivo... estamos mais preocupados com a performance da equipe e a aceitação da platéia do que com Aquele que está sentado no trono nos ouvindo.

O que será que Deus quer ouvir das nossas bocas? Não que a gente agora vá abandonar as músicas que cantamos a tempos, não! Mas devemos fazer uma releitura de coração prá cantarmos sempre um "cântico novo" ao Senhor! E que tal estimularmos as composições, as novas melodias? Lembro com muito carinho quando pedi a um amigo, o Juninho, que compusesse uma música para uma conferência missionária da nossa Igreja. Lembro-me que enquanto pregava, lá estava o habilidoso compositor rabiscando algo num papel qualquer. Ao final do culto ele me procurou e disse que havia composto um cântico que era uma oração muito bonita sobre Missões!

Mas ainda continuo com essa dúvida cruel: o que será que Deus quer ouvir das nossas bocas domingo? Experimente fazer essa pergunta você também ( e se tiver uma resposta, me ajude, ok?).

Maurício "em busca da resposta" Boehme, no blog Eletroacústico.

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