Quando olhar pra si mesmo
E não vir nada mais
Do que um pássaro a esmo
Contra mil vendavais
Debatendo-se em penas
Tanta pena de si
Perguntando-se apenas:
- Por que foi que eu nasci?
Quando a própria certeza
Não passar de um talvez
Cada enzima, cada osso,
Só um fosso
De porquês...
E a mais pura beleza
For igual aos balões
Cada pelo, cada nervo
Um acervo
De ilusões
Saiba, nem um cabelo
Cairá se não for
Sob o vivo desvelo
De um Deus Criador
Seu mais lindo poema
Se reflete em você
- Filho, venha, não tema;
Eu Sou o seu porquê
Wolodymir Boruszewski, o Wolô.
29.11.08
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