Eis a nossa esperança: Hodie mecum eris in Paradiso. “Hoje mesmo estarás comigo no Paraíso.” Mas o Paraíso começa na cruz. E é só na condição de ladrões que podemos clamar por lembrança de Jesus. Não somos nós quem pede para estar no Paraíso. É ele quem está nos prometendo. Cabe a nós o papel de clamar pela sua lembrança, nas dificuldades do dia-a-dia, sabendo que ele está ali, sofrendo conosco. O seu silêncio é apenas um convite que nos faz para depender mais dele. Porque é dependendo dele que teremos esperança. Esperança que nasce quando lembramos que um dia ele sofreu como nós aqui na terra, todo tipo de sofrimento, por nossa causa. Um dia ele entregou o seu corpo e o seu sangue por amor às nossas vidas.
O Paraíso começa na cruz, porque é na cruz que somos todos iguais, somos todos ladrões; não há ninguém melhor que o outro. Mas cada ladrão representa a nossa humanidade. Como se fossem os nossos dois lados. Eles são a ambigüidade que mora dentro da gente. E Jesus trata a ambos igualmente, porém um precisa do silêncio, o outro ouve que estaria no Paraíso.
Senhor Jesus, o Bom Pastor, que na cruz foste posto ao lado de ladrões para pagar pelo erro do primeiro de todos os ladrões, bem como o de todos nós, eternos pecadores, ensina aos atuais pastores do teu rebanho que, não perseguindo o povo com um moralismo, nem distanciando de sua própria condição de maus ladrões, de tal maneira impeçam o engano da ilusão de “bom ladrão”, alcançando assim a esperança de tua fala: Hodie mecum eris in Paradiso. Amém.
Felipe Fanuel
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23.11.08
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