17.12.08

O Google tem que morrer

Chama-se SEO (Otimização para Sistema de Buscas, na sigla em inglês) e é basicamente o único assunto que o pessoal que trabalha em sites da internet se dispõe a discutir atualmente. Você pode achar que se trata de achar maneiras de enganar os sites de busca (o Google, principalmente), fazendo-os atribuir rankings mais altos do que o normal para determinados sites. No entanto, a discussão aqui gira em torno da idéia de que o Google é uma porcaria tão grande que as companhias acham que precisam usar a SEO para garantir os resultados que elas supostamente merecem.

Ao reverter os processos de operação do Google, os especialistas em SEO podem ver como as buscas funcionam. Da perspectiva do usuário, tão logo você descobre como o Google faz o que faz, é um verdadeiro milagre que consigamos obter os resultados corretos. E, falando por experiência própria, os resultados corretos são, sob muitas circunstâncias, praticamente impossíveis de serem obtidos – e talvez nunca sejam num futuro bem próximo.

Vamos dar uma olhada nos problemas que foram surgindo ao longo dos últimos anos.

Inabilidade para identificar corretamente os sites. Todos os sites de busca têm esse mau hábito, mas às vezes ele se torna risível. É de se esperar que, se eu estiver procurando por algo relacionado a Art Jenkins, e Art Jenkins tiver um site chamado Artjenkins.com, ele seja o primeiro a ser listado pelos sites de busca, certo? Normalmente, porém, essa página não é listada em lugar nenhum.

Muito comércio, informação insuficiente. Parece haver uma crença, no Google principalmente, de que você se conecta à internet exclusivamente porque quer comprar alguma coisa. Pessoas procurando somente informações são uma inconveniência. Isso fica bastante claro toda vez que você tenta encontrar alguma informação sobre produtos populares: tudo que se encontra são sites tentando vender o tal produto. Lanço aqui um desafio: peça ao Google que ache um site que compare honestamente os planos das operadoras de telefonia celular e que te diga claramente qual deles é o mais vantajoso. Tente! Aparecerão centenas de sites com comparações fajutas promovendo apenas o plano que eles estão vendendo. O que é particularmente ruim nisso tudo é que os poucos sites honestos que oferecem informações sem lançar mão do SEO e de todos os outros truques necessários para se chamar a atenção vão aos poucos sendo obrigados a fechar. Ninguém consegue encontrá-los! O usuário deveria ser sempre direcionado ao melhor site, não a um site popular, mas medíocre. Essa é a pior falha do sistema de rankings.

Sites “estacionados”. Já aconteceu de você estar procurando alguma coisa e de repente achar o que parecia ser o site perfeito, ali nos primeiros resultados do Google? Aí, feliz da vida, você clique no link, mas é direcionado para algum daqueles sites fajutos, “estacionados”, cujo nome de domínio foi adquirido por alguém que o entupiu de links para outros sites, na esperança de atrair alguns acessos aleatórios pelos quais será pago 10 centavos cada? Como é possível que o sistema de rankings – se é que ele funciona – garante a sites deste tipo uma boa colocação nos resultados?

Resultados da busca que não se repetem. Já fez uma busca e, uma semana depois, a fez novamente e os resultados foram completamente diferentes? No fim, teve que usar o histórico de buscas na esperança de encontrar aqueles primeiros resultados? Será possível que as coisas mudem tão drasticamente de um dia para o outro que os resultados possam variar de forma tão extrema semanalmente? A ocorrência de resultados estranhos se agrava ainda mais quando você faz as buscas logado ao Google. Eles são customizados pra você de alguma forma? De quê forma? Leia +

fonte: Blog Dvorak
[dica do Douglas via Twitter]

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