Caminho que é caminho mesmo, só um: Cristo. Ele é o caminho, ele é a verdade, ele é a vida. Agora já sabemos... Mas na época do Antigo Testamento, não. Jesus ainda não havia nascido, vivido, morrido. Discutia-se ainda acerca do caminho...
Seria o caso, então, de um pobre de Deus acordar um dia de manhã bem cedo, disposto a resolver de uma vez por todas esse problema: qual é o caminho?
Acordando cedo, lá vai ele bater à porta do templo. Recebe-o um sacerdote. Sim, meu filho, que quer aqui? Saber do caminho – qual é o caminho? Ah, meu filho, se você quer agradar Adonai, adore-o neste templo; traga-lhe as primícias da terra, nas festas, três vezes ao ano; e canta, canta muito, que Adonai gosta. E, sobretudo, seja santo, porque Adonai é santo...
Agora nosso pobre de Deus já sabe. E volta para casa. No caminho, dá com um profeta. Fala da sua conversa com o sacerdote, e acaba perguntando ao profeta: qual é o caminho? O profeta imediatamente responde: ah, meu irmão, se quer agradar a Yahveh, faz justiça ao órfão e à viúva, dê de comer ao faminto, de beber ao sedento, de vestir ao nu, e Yahveh se agradará de você...
Feliz, mas um pouco confuso, nosso pobre de Deus segue adiante. Vai se perguntando se afinal são dois caminhos... Encontra um velho homem na estrada. O homem tem cara de ser sábio. É um sábio. Não resiste: qual o caminho? Nem o sábio: ah, meu amigo, se quer agradar Elohim, vive a vida, trabalha feliz, ama a mulher da tua juventude, come teu pão, bebe teu vinho, e tudo, absolutamente tudo quanto lhe vier à mão para fazer, faça com força e com sabedoria...
A noite chega e leva nosso pobre para casa. Deitando-se, decide. Amanhã vai procurar de novo, para saber qual o caminho...
Osvaldo Luiz Ribeiro
24.2.09
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