Segundo especialistas em comunicação consultados pela Gazeta do Povo, as recentes manifestações públicas de Carli Filho indicam que ele começa a trabalhar para resgatar sua imagem pública. O ex-deputado é acusado de matar dois jovens no trânsito depois de beber, dirigir em alta velocidade e causar um acidente com outro veículo, no qual estavam as vítimas. A colisão ocorreu há dois meses, em Curitiba. E, devido à repercussão do caso, Carli Filho acabou renunciando ao cargo de deputado estadual – a primeira renúncia na história da Assembleia Legislativa do Paraná.
Desde o acidente, em 7 de maio, a família do ex-deputado e ele próprio procuraram evitar se expor. Até agora, apenas quatro manifestações dos Carli haviam se tornado públicas, além dos outdoors. Em maio, a mãe de Carli Filho, Ana Rita Slaviero Guimarães Carli, concedeu uma entrevista ao programa Fantástico, da Rede Globo. Na entrevista, afirmou que o filho responderia pelos seus atos se fosse considerado culpado.
O pai de Carli Filho, o prefeito de Guarapuava Fernando Ribas Carli (PP), deu uma entrevista à Gazeta no mesmo fim de semana. Há duas semanas, ele voltou a falar à imprensa, agradeceu a todas as mensagens de apoio e afirmou que o filho poderá voltar à política. E o ex-deputado, na segunda-feira, concordou em conceder uma entrevista à Gazeta do Povo, que foi publicada na terça-feira. Carli Filho disse estar em busca de sua “missão” na Terra, demonstrou apego à religião após o acidente e afirmou esperar não ser alvo de um pré-julgamento. Mas não quis responder a perguntas relativas ao andamento do inquérito e ao acidente em si. Na ocasião da entrevista, Carli Filho estava acompanhado de seu assessor de imprensa, que tirava fotos do ex-deputados em uma igreja.
Ao contrário das escassas manifestações dos Carli Filho até agora, nesses dois meses os familiares das vítimas do acidente – os jovens Gilmar Rafael Yared, 26 anos, e Carlos Murilo de Almeida, 20 anos –, realizam uma série de protestos e aparecem frequentemente na mídia para cobrar providências no caso.
O consultor de marketing Hudson José afirma que a sociedade começa a assistir a uma “guerra de mídia”, em que a figura do ex-deputado vai voltar aos meios de comunicação, depois de um distanciamento enquanto ele esteve internado.
Hudson José considera que as estratégias usadas por Carli Filho estão sendo corretas, do ponto de vista do marketing, para a recuperação de sua imagem. “Ele está se mostrando humano, frágil, fortalecendo sua figura como filho, e demonstrando fé”, afirma o consultor. “Tudo isso vai pesar no andamento do processo e do julgamento.”
Já para o jornalista e consultor em gerenciamento de crises Carlos Brickman, o caso é complexo porque envolve morte. “Tudo bem ele espalhar cartazes agradecendo pelas orações. Mas quem vai orar pelos que morreram?”, questiona Brickman. Ele afirma que todos os fatos que envolvem pessoas públicas podem ser vistos de diversas maneiras. Neste caso, diz o consultor, o importante seria que Carli Filho emitisse uma carta pública afirmando que errou ou então que tentasse provar, por meio do inquérito policial, que não estava embriagado nem em alta velocidade.
- Indignar-se é preciso
- Os fora-da-lei
- Tenho um escudo, e as palavras não me ameaçam
- Isto aqui ô ô, é um pouquinho de Brasil, iá iá (9)
sobram-me palavrões ao ver essa palhaçada armada p/ transmitir uma imagem de bom moço. lembro um dos comentários que fiz s/ a morte dos dois rapazes:
"Esquecer a morte deles seria o mesmo que tirar-lhes a vida pela segunda vez" (Avishai Margalit).
Peço a gentileza de quem estiver acompanhando o caso p/ me enviar os links de eventuais manifestações das famílias do Gilmar e do Carlos. Dá pra imaginar a dor deles ao ver esse circo, com direito a um palhaço de um aspone tirando fotos do playboyzinho de merda numa igreja?
Por fim, lembro que a Renascer é uma das clientes da empresa de Carlos Brickmann (esqueceram um "n"), apresentado na reportagem como "consultor em gerenciamento de crises". É importante lembrar disso ao ver determinados movimentos da igreja do casal apostólico.
6 comentários:
Cara.. muita raiva... mas muita raiva mesmo...
Que droga isso hein #paísdemerda...
O que revolta não é o suposto perdão e desejo de recomeçar do Carli, mas sim a insistência em não assumir as cagadas que fez. Precisamos parar com essa história de impunidade e o paradigma que brasileiro tem memória curta....
Revolta, muita revolta!
conheço essa história. todos conhecem. e sabe onde isso vai dar. porque a revolta?
pode sim ele responder inquérito, se for condenado, pega aí 10 anos com cinco sai fora. isso se ele for condenado.
ele apela para o emotivo do povo e para a religião - ele sabe cmo tantos outros as características de um povo romântico e supersticioso como o brasileiro.
logo o povo esquece, é apaixonado...tudo vira festa nesse país. vão acabar dizendo que o jovem morto "perdeu a cabeça" por estar no lugar errado e na hora errada. que fatalidade, dirão!
e o garotão continua sua vidinha mansa, carros, bebida, mulheres... talvez até se converta ao evangelicalho de alguma igreja neopentecostal. com certeza vai se candidatar de novo ou ganhará um carguinho na prefeitura do papai ganhando 15 mil por mês. vejo essas histórias todo santo dia, todo santo dia, todo santo dia.
rídiculo! rídiculo!!! Se bobear vira bispo de igreja neopentecostal!!!!
Assassino e cafajeste! Mais cafajeste é o pai encobrir o erro!
abs,
Revolta.Esse é o sentimento. Agora eu me pergunto, como uma pessoa que possuía tantas multas, tantos pontos na carteira, continuava dirigindo? Quero acreditar que ele tenha sido parado em alguma blitz, fiscalização, mas por ser quem é, acredito que tenha sido liberado. Agora eu, pobre motoqueiro, sou parado toda semana, toda semana levo um "baculejo", e se a alça do capacete estiver folgada (não digo nem aberta) lá vai a multa. Revolta.
Agora ferrou, juntou um político, um advogado e um "marqueteiro" gerenciador de crise. só falta o povo comprar mais essa.
Edson Vergilio
Postar um comentário