Rir quando não há motivo pra chorar
Não Estar disponível e banalmente sumir
Estar disponível e banalmente voltar
Cantar a música que me der vontade
Contar a piada que eu quiser
Sentir fortemente aquela saudade
Daquela que um dia será minha mulher
Experimentar e dizer que não gosto
Gostar do que eu simplesmente não gostei
Tentar conseguir sabendo que não posso
E ter o direito de achar que não fracassei
Dizer o que eu penso e o que sinto
Não dizer nada quando não quero dizer
Falar pouco e ser sucinto
Ter a obrigação de bem ou mal escolher
Incólume das diferenças imponentes
Suscitar a indignação contra o abuso
Ser o próximo dos pecadores impenitentes
Semear a dúvida ao resoluto e a fé ao confuso
Ser perdoado setenta vezes sete
Perceber que estou errado
Recusar passar por qualquer teste
Ter a oportunidade de estar enganado
Fazer alguém sorrir
Fazer alguém chorar
Perdoar quando alguém fugir
Esperar alguém retornar
Ser eu mesmo hoje
Ser outro eu mesmo amanhã
Não acreditar na sorte
Não precisar de talismã
Ser fiel a mulher que eu amo
Beber da sua língua o doce mel
Poder com as pessoas ser franco
Ser simplório e acreditar no Céu
Correr onde não há espaço
Chorar por sentir saudade
Não conseguir desatar o próprio laço
Deliciar-me com a mulher da minha mocidade
Confessar que não sou feliz
Saturar de tanto trabalhar
Elogiar descaradamente o que eu fiz
Não fingir a ninguém amar
Ficar triste subitamente
Crer que é bom casar
Não vender jamais minha mente
Crer que não é bom separar
Ninguém saber donde venho, para onde vou
Ser como o vento sem lugar
Ser espírito nascido do Espírito
E dessa liberdade desfrutar
Escrevi isso há um tempo quando me arriscava com poemas. Então, não se acanhem caso seja necessário sugerir o marcador "língua maltratada" (rs)
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