Qualquer guerra é perversa, mas a guerra em nome de Deus é coisa do Diabo. Denunciar as eventuais falcatruas dos líderes de uma seita religiosa é uma obrigação das autoridades, também da imprensa, mas é impiedoso ignorar as convicções dos seus fiéis.
Na terça-feira (11/8), a Folha de S.Paulo noticiou com grande destaque: "Universal é acusada de lavar dinheiro". A pedido do Ministério Público de São Paulo, a Justiça abriu na véspera uma ação criminal por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha contra dez dirigentes da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), entre eles o seu dirigente máximo, bispo Edir Macedo.
A IURD, enquanto confissão religiosa, não estava sendo denunciada, nem os seus oito milhões de devotos e crentes – a manchete da Folha foi formulada de maneira preconceituosa. Naquela mesma noite, o Jornal Nacional da TV Globo dedicou 11 minutos – na TV, uma eternidade! – à repercussão do noticiário daquela manhã.
Da quarta-feira (12/8) até domingo (16), toda a grande mídia aderiu com gosto ao pesado bombardeio contra o bispo Macedo e o seu conglomerado que inclui 23 emissoras de TV, entre elas a Rede Record, 78 rádios (próprias e arrendadas), três jornais e outras 16 empresas em diversos segmentos.
Não é a primeira vez que o grupo empresarial é alvo de investigações relacionadas com o recolhimento dos dízimos pagos pelos fiéis e indevidamente embolsados por Edir Macedo e seus parceiros, a maioria destacados dirigentes da Igreja Universal. Mas aqueles que freqüentam os templos, participam dos cultos e seguem a sua Teologia da Prosperidade não deveriam ser misturados às supostas trapaças de seus sacerdotes.
É preciso não esquecer que o grupo ligado à Igreja Universal criou um partido, o PRB (Partido Republicano Brasileiro; antes chamava-se PMR), cujo membro mais destacado é o vice-presidente da República, José Alencar. O PRB faz parte da base aliada do governo e todas as suas concessões de radiodifusão são tão legais – ou tão ilegais – quanto a maioria das outras. A religião é o ópio do povo, mas Karl Marx ao criar a máxima não diferenciou os credos. Leia +.
Alberto Dines, no Observatório da Imprensa.
6 comentários:
Pavarini, no Casos Urbanos - www.luisdelcidess.blogspot.com tem duas respostas ao seu post. Veja lá! Se quiser, pode publicar
abs,
Não tem como separar o Bispo da IURD. Se ele está sendo investigado, a investigação é na IURD também. É como falar do Daniel Dantas sem falar no Banco Opportunity.
Quem apenas frequenta a Igreja e não está envolvindo com a direção, é como um cliente enganado.
Mto bom seu comentário. Apesar das falcatruas ou supostas irregularidades dos líderas da IURD, o povo não tem nada haver com essa história.
A glória e a misericórdia de Deus se manifesta lá, por causa da simplicidade do coração do povo. Então os meios de comunicação não poderiam ser tão tendenciosos e envolver todo mundo no mesmo saco.
Parabéns!!
essa é para complemetar: http://juliocvallim.blogspot.com/
A frase que encerra o teto é emblemática:
Nossa mídia não consegue ser transparente. Mesmo quando trilha os insondáveis caminhos da fé.
Como dizia aquela propaganda da MTV: DESLIGA ESSA TELEVISÃO E VAI LER UM LIVRO!
a sujeira é geral...
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