Para Jesus só haveria Igreja de Deus capaz de chocar o mundo, se os discípulos fossem pessoas que houvessem passado pelo processo existencial do genuíno nascer de novo; e que este fosse acima de tudo definido pela afirmação de Jesus quanto ao fato de que a habitação de Deus com os homens num Tabernáculo Vivo, Igreja no Caminho (Tabernáculo é habitação transitória), só seria possível se cada um tivesse vivido e mantido viva a experiência da relação com Deus em Cristo; e que existencialmente se define como “Eu neles; e Tu em mim; e eles em nós; para que sejam aperfeiçoados na unidade” — obviamente, antes de tudo Jesus aludia a unidade com Deus, pois, sem tal unidade de ser em Deus, ninguém tem unidade com ninguém neste mundo, por mais que uns chamem os outros de irmãos e amados.
O que Jesus propõe como vida com Deus que faça surgir a comunhão de gente de Deus no mundo, com chance de impactar o mundo, é algo que existe pela pulsão do amor de Deus e de amor uns pelos outros.
Entretanto, Jesus diz que tal amor de Deus que realiza a unidade entre os irmãos, é fruto da habitação do Eterno em nós.
Na realidade Jesus está falando outra vez do Templo de Ezequiel, o mesmo ao qual Ele aludiu quando em João Sete, quando convidou a todos os que quisessem, para que experimentassem ali mesmo o Templo de Ezequiel no coração — sim, aquele templo que cresce para dentro e de cujo interior fluem rios de água viva.
De fato Jesus nos chama para o impensável: tornarmo-nos habitados por Deus em plenitude: “Eu neles; e Tu em mim; e eles em nós; para que sejam aperfeiçoados na unidade”.
Ora, tal chamado à dissolvência em Deus nunca foi admitido como tal na tradição cristã. Parecia sempre algo impossível existencialmente falando. E para aqueles que criam que poderia ser de fato uma dissolvência em Deus, como infelizmente a maioria deles pouco ou nada soubessem da Graça de Deus (posto estarem sempre sob o tacão das tiranias da religião cristã]) faziam a peregrinação na direção do monasticismo ou da auto-flagelação; com poucas exceções.
De fato imputou-se toda a graça da fala definida de Jesus em João 17, na qual Ele dizia que aquilo não era um sonho, mas uma condição para se estar Nele e Dele usufruir a vida, ao tal Conceito criado pelo Cristianismo, e que era acerca da Realização Forense e Judicial de tudo o que Jesus disse e não aconteceu.
Na realidade tal conceito diz que nada disso, de fato, acontece mesmo, mas que Jesus fez isso ser satisfatório ao Pai, mesmo que nunca se realize como comunhão entre os homens e Deus.
O conceito do Está Consumado, que é espiritual, foi transformado pelo Cristianismo em algo de natureza Legal e Judicial, daí ser Forense; posto que o conceito fosse tirado da Lei Romana de Representação Legal; assim, Jesus era o Grande Deputado; o representante Legal do Homem no Fórum do Juízo de Deus.
Tal conceito foi aceito e se tornou satisfatório em um mundo cartorialista e judicial, mas não tem abrangência para lidar com o significado do que Jesus de fato fez; e que estava muito para além de qualquer justiça que tivesse nos paradigmas Romanos as suas referencias.
Está Feito porque já estava feito desde antes que qualquer coisa fosse feita!
O Cordeiro, em Quem todas as coisas foram criadas, foi imolado como dádiva de Vida para criar a vida, desde antes da criação de qualquer sistema, dimensão ou cosmo. Sim, pois a existência se deriva Daquele que É. E a vida criada decorre da Vida que É.
Entretanto, Tudo sempre esteve Feito Nele!
Quando, porém, Jesus diz que a vida dos discípulos seria estabelecida pela comunhão deles com Deus, numa loucura de interpenetrações...; posto que seja “Eu neles; e Tu em mim; e eles em nós; para que sejam aperfeiçoados na unidade” — Ele não criava qualquer pretexto que justificasse o adiamento da experiência; visto que Jesus dissesse que ela, a experiência de dissolvência interpenetrante do infinito no finito, como morado do infinito no finito, e com a dissolvência do finito no amor infinito — era isto mesmo que Ele estava dizendo.
Ou seja: que a vida com Deus que vale ser assim chamada, é marcada pela absorção de Deus em nós, com a conseqüente entrega de nossa vida ao amor de Deus, o que gera essa crescente dissolvência de nós Nele.
Na realidade se poderia dizer que Jesus convida para um budismo ao contrário.
Sim, pois o budismo convida para a dissolvência do ser no mar do Nada; do Nirvana Absoluto; mas que é uma dissolvência na Impessoalidade; e mais: tal somente acontece depois de um longo ciclo de iluminações que decorrem da mortificação do ego/adoecido pela via da compaixão — embora o destino eterno do Iluminado seja não saber de si quando atingir o clímax, que é a dissolvência no Tudo/Nada.
Em Jesus, no entanto, o convite é para a dissolvência no amor, na Pessoalidade Absoluta, na fusão dos entes capazes do amor; e isto não no fim de um processo, mas como ignição para que se cresça em qualquer que seja o processo...
Ora, a simples descrição do que seja o desejo de Jesus expresso em João 17, já nos assusta; posto que nenhum de nós de fato almeje a entrega do ser em estado de dissolvência e interpenetração no amor de Deus como comunhão.
A gente quer um Deus que exista e que venha quando invocado. Mas poucos de nós queremos nos dissolver no Seu amor mediante a entrega.
É claro que essa plenitude não se plenifica da noite para o dia...
Porém, quando alguém de fato entende que vida com Jesus é entrega do ser à dissolvência da vida no amor de Deus, então não dá mais para pensar que aquilo que o Cristianismo convencionou definir como os elementos decisivos da formação de um cristão..., tenha qualquer que seja a relevância; a menos que ponha a pessoa no estado de entrega, o qual carrega a gravidade e a inescusabilidade das seguintes e eternas palavras:
“Eu neles; e Tu em mim; e eles em nós; para que sejam aperfeiçoados na unidade”.
Vida com Deus que forma gente/igreja é assim...
Jesus em mim; o Pai em Jesus; e eu Neles.
É assim com o individuo a fim de que assim seja com a comunhão dos indivíduos, que é a Igreja.
Então, quando é assim em cada um, assim se torna para todos; portanto e desse modo, realizando o chamado plural de tal evocação em Jesus:
“Eu neles; e Tu em mim; e eles em nós; para que sejam aperfeiçoados na unidade”.
Você crê nisso?
Deseja isso para você?
Ora, nesse caso, o tema Igreja nem aparece entre aqueles cujos corações vivem de tal loucura e fusão em Deus.
Nele,
Caio
O que Jesus propõe como vida com Deus que faça surgir a comunhão de gente de Deus no mundo, com chance de impactar o mundo, é algo que existe pela pulsão do amor de Deus e de amor uns pelos outros.
Entretanto, Jesus diz que tal amor de Deus que realiza a unidade entre os irmãos, é fruto da habitação do Eterno em nós.
Na realidade Jesus está falando outra vez do Templo de Ezequiel, o mesmo ao qual Ele aludiu quando em João Sete, quando convidou a todos os que quisessem, para que experimentassem ali mesmo o Templo de Ezequiel no coração — sim, aquele templo que cresce para dentro e de cujo interior fluem rios de água viva.
De fato Jesus nos chama para o impensável: tornarmo-nos habitados por Deus em plenitude: “Eu neles; e Tu em mim; e eles em nós; para que sejam aperfeiçoados na unidade”.
Ora, tal chamado à dissolvência em Deus nunca foi admitido como tal na tradição cristã. Parecia sempre algo impossível existencialmente falando. E para aqueles que criam que poderia ser de fato uma dissolvência em Deus, como infelizmente a maioria deles pouco ou nada soubessem da Graça de Deus (posto estarem sempre sob o tacão das tiranias da religião cristã]) faziam a peregrinação na direção do monasticismo ou da auto-flagelação; com poucas exceções.
De fato imputou-se toda a graça da fala definida de Jesus em João 17, na qual Ele dizia que aquilo não era um sonho, mas uma condição para se estar Nele e Dele usufruir a vida, ao tal Conceito criado pelo Cristianismo, e que era acerca da Realização Forense e Judicial de tudo o que Jesus disse e não aconteceu.
Na realidade tal conceito diz que nada disso, de fato, acontece mesmo, mas que Jesus fez isso ser satisfatório ao Pai, mesmo que nunca se realize como comunhão entre os homens e Deus.
O conceito do Está Consumado, que é espiritual, foi transformado pelo Cristianismo em algo de natureza Legal e Judicial, daí ser Forense; posto que o conceito fosse tirado da Lei Romana de Representação Legal; assim, Jesus era o Grande Deputado; o representante Legal do Homem no Fórum do Juízo de Deus.
Tal conceito foi aceito e se tornou satisfatório em um mundo cartorialista e judicial, mas não tem abrangência para lidar com o significado do que Jesus de fato fez; e que estava muito para além de qualquer justiça que tivesse nos paradigmas Romanos as suas referencias.
Está Feito porque já estava feito desde antes que qualquer coisa fosse feita!
O Cordeiro, em Quem todas as coisas foram criadas, foi imolado como dádiva de Vida para criar a vida, desde antes da criação de qualquer sistema, dimensão ou cosmo. Sim, pois a existência se deriva Daquele que É. E a vida criada decorre da Vida que É.
Entretanto, Tudo sempre esteve Feito Nele!
Quando, porém, Jesus diz que a vida dos discípulos seria estabelecida pela comunhão deles com Deus, numa loucura de interpenetrações...; posto que seja “Eu neles; e Tu em mim; e eles em nós; para que sejam aperfeiçoados na unidade” — Ele não criava qualquer pretexto que justificasse o adiamento da experiência; visto que Jesus dissesse que ela, a experiência de dissolvência interpenetrante do infinito no finito, como morado do infinito no finito, e com a dissolvência do finito no amor infinito — era isto mesmo que Ele estava dizendo.
Ou seja: que a vida com Deus que vale ser assim chamada, é marcada pela absorção de Deus em nós, com a conseqüente entrega de nossa vida ao amor de Deus, o que gera essa crescente dissolvência de nós Nele.
Na realidade se poderia dizer que Jesus convida para um budismo ao contrário.
Sim, pois o budismo convida para a dissolvência do ser no mar do Nada; do Nirvana Absoluto; mas que é uma dissolvência na Impessoalidade; e mais: tal somente acontece depois de um longo ciclo de iluminações que decorrem da mortificação do ego/adoecido pela via da compaixão — embora o destino eterno do Iluminado seja não saber de si quando atingir o clímax, que é a dissolvência no Tudo/Nada.
Em Jesus, no entanto, o convite é para a dissolvência no amor, na Pessoalidade Absoluta, na fusão dos entes capazes do amor; e isto não no fim de um processo, mas como ignição para que se cresça em qualquer que seja o processo...
Ora, a simples descrição do que seja o desejo de Jesus expresso em João 17, já nos assusta; posto que nenhum de nós de fato almeje a entrega do ser em estado de dissolvência e interpenetração no amor de Deus como comunhão.
A gente quer um Deus que exista e que venha quando invocado. Mas poucos de nós queremos nos dissolver no Seu amor mediante a entrega.
É claro que essa plenitude não se plenifica da noite para o dia...
Porém, quando alguém de fato entende que vida com Jesus é entrega do ser à dissolvência da vida no amor de Deus, então não dá mais para pensar que aquilo que o Cristianismo convencionou definir como os elementos decisivos da formação de um cristão..., tenha qualquer que seja a relevância; a menos que ponha a pessoa no estado de entrega, o qual carrega a gravidade e a inescusabilidade das seguintes e eternas palavras:
“Eu neles; e Tu em mim; e eles em nós; para que sejam aperfeiçoados na unidade”.
Vida com Deus que forma gente/igreja é assim...
Jesus em mim; o Pai em Jesus; e eu Neles.
É assim com o individuo a fim de que assim seja com a comunhão dos indivíduos, que é a Igreja.
Então, quando é assim em cada um, assim se torna para todos; portanto e desse modo, realizando o chamado plural de tal evocação em Jesus:
“Eu neles; e Tu em mim; e eles em nós; para que sejam aperfeiçoados na unidade”.
Você crê nisso?
Deseja isso para você?
Ora, nesse caso, o tema Igreja nem aparece entre aqueles cujos corações vivem de tal loucura e fusão em Deus.
Nele,
Caio
fonte: Caio Fábio
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