18.11.09

É melhor ficar brocha do que louco

Quase um mês depois da tentativa de suicídio, Rafael Ilha apareceu na tevê e contou o drama que passou nos últimos dias. Ele foi entrevistado por Sônia Abrão, no programa A Tarde é Sua, da RedeTV!.

O ex-Polegar falou com a voz enrolada, por causa dos cortes na garganta, e pareceu com alguns quilos a mais. Ele comentou sobre o incidente no qual tentou se matar e ainda garantiu que quer, novamente, se reabilitar, deixando as drogas:

“Estava tão mal, que não queria sentir mais nada. Peguei um caco de vidro e, sem pensar duas vezes, enfiei no pescoço. Eu queria morrer! O golpe foi na jugular direta, o sangue jorrava. O meu desespero era tanto, que tirei a lâmina de um lado e enfiei no outro; levei mais de 40 pontos”.

Rafael justificou a loucura, dizendo que ficou muito perturbado por toda a situação pela qual passa:

"O problema da separação com a Fabiana (ex-mulher), divisão de bens e as discussões entre a minha mãe e Fabiana, estavam me sobrecarregando”.

Rafael ainda revelou os apelos de todos que presenciaram a cena, para que ele não se matasse:

“Minha família, vizinhança e os bombeiros me diziam para eu não fazer isso, pois não iria aguentar; minha cor já estava mudando e minha pressão estava muito baixa. Enquanto eu gritava: por favor, me poupem, eu não estou aguentando mais! Só parei de me cortar, quando lembrei do que a minha psicóloga me falou uma vez, que o meu filho precisava de mim. Isso foi muito importante”!

O cantor ainda disse que o fato de ser bipolar contribuiu bastante para que tentasse o suicídio, ainda mais porque havia interrompido o tratamento, pois o remédio implicava complicações sexuais:

“Sou bipolar, o que agrava a minha situação. Parei de tomar a medicação, pois ela interferia na parte sexual. Por isso não prossegui com o tratamento. Mas, depois do que passei, é melhor ficar brocha do que ficar louco!”, revelou.

Muito emocionado, o ex-Polegar citou várias vezes o nome do filho Cauã, de seis anos. Ele chorou várias vezes e disse que amava o pequeno mais do que tudo no mundo, e faria qualquer coisa para vê-lo feliz. Citou ainda que lembrar de seu filho está ajudando muito na sua recuperação.

Rafael confirmou também o fato de que queria virar morador de rua, quando recebeu alta do hospital.

“Não queria que ninguém me achasse, pois eu queria tudo de ruim pra mim. Fui pra rua todo desarrumado, sem documento algum”.

Ele ainda contou que foi o apoio de um policial evangélico, enquanto estava na delegacia, depois de ser encontrado em uma favela paulista, que o ajudou a se recuperar dessa fase difícil.

“Conheci um policial evangélico que me abriu os olhos, falou que Deus tinha um plano para mim. Isso foi me acalmando e comecei a me sentir mais seguro”.

fonte: O Fuxico

8 comentários:

Claudia Freitas disse...

Olha o que esse cara tem passado é realmente bem pesado, não tem nem oq falar. Não dá pra julgar alguém que já está sendo tão oprimido.

Só espero que ele melhore.

Anônimo disse...

Meu Deus! É horrível isso tudo.

Certa vez uma mulher que estava com depressão disse na minha cara:
"Vou suicidar hoje ainda".
Em sua voz notei firmeza. Não era uma ameaça ou coisa parecida.
Falei sobre os pais que ficariam muito tristes, mas de nada adiantou.
Pedi a Deus uma palavra que fosse direto no coração, pois ela já estava saindo da minha casa, pois os pais a esperavam no carro.
Me veio essa palavra:
"E seu filho? Quem irá cuidar dele?
Qual será a história dele? Uma mãe que suicidou?"
Ela deu uma parada. Assustou. E disse:
"Não. Pelo meu filho vale a pena viver."
Graças a Deus. Hoje ela está reestabelecida e trabalhando na obra de Deus e cuidando muito bem do filho.

Lendo o caso do Rafael lembrei de tudo isso que aconteceu.
Somente o Espírito Santo coloca em nossa boca palavras certas nesses momentos.E somente Ele que convence.
Dói muito ver esse cara nesse dilema.
Imagino a dor da família, pois a pessoa que me disse que suicidaria foi a minha irmã.
Que Deus continue a nos usar a tempo e fora de tempo!

Alexandre de Sá disse...

Triste isso... Muito triste...
Que Deus lhe dê graça!

Tininha disse...

Só passa uma pergunta pela minha cabeça? Onde estão os pastores da igreja em que ele frequentava? Ter um "astro" na igreja sempre dá ibope, mas e o cuidar? E o pastorear? O Rafael precisa de ajuda e a igreja é fundamental pra essa recuperação. Que Deus renove as forças desse garoto e o ajude nessa nova etapa. Infelizmente, sempre trará consigo as marcas do passado, porque a mídia não viveria sem fatos desconcertantes.

Tig Vieira disse...

Queria comentar sobre a postura desse policial, que deu uma força para ele não se largar na rua...
Essa é a prova de que um cristão inserido em seu próprio trabalho como testemunho vivo é muitas vezes mais eficaz do que ter um "cargo" de igreja.

Leo Rapini disse...

ÓTIMA Pergunta Tininha!

Ayres Filho disse...

Concordo com o tigvieira. Esse policial agiu como um verdadeiro missionário urbano, sendo um cristão relevante no contexto onde estava inserido.

Anônimo disse...

Como sempre, sentam o cacete em pastores. As perguntas que faço:

1. Será que pastor tem bola de cristal?
2. Será que igreja virou realmente espetáculo, onde um faz tudo (o pastor) e o resto aplaude, cobra e/ou apedreja?
3. Será que quem critica o pastor do ex-Polegar teria a mesma disposição em ajudá-lo?
4. O que é mais fácil: criticar o pastor (que nem eu conheço) ou dar a mão para uma pessoa que precisa de ajuda?
5. Por que será que atacar pessoas com ministério pastoral tem se tornado uma máscara para a hipocrisia e a mediocridade?
6. Será que um pastor, através de seus conselhos e orações, tem o poder para mudar o interior de uma pessoa, transformando-se, assim, em uma espécie de superman?
7. Caso ele seja superman, não cai na mesma vala comum dos críticos, gerando, aí, um círculo vicioso?

Cada vez mais alguns crentes falidos de igrejas idem me enojam.

Blog Widget by LinkWithin