A transitoriedade da vida nos instrui a duas atitudes: a não-ansiedade, já que sobre nada exercemos controle visto que tudo que hoje é, no exato em que é pronunciado como ente, já é diferente de sua pré-formulação.
A segunda atitude é advinda desta não-ansiedade: é saber que boas coisas acontecem a pessoas ruins e coisas ruins a pessoas boas. Na vida não há espaço para sentimentos de “por que logo comigo, que sou um cara legal?”. No caminho, bons e maus recebem a mesma enchente e a mesmíssima seca.
Ter um olhar prudente sobre tempos, estações e pessoas, torna a vida não menos dolorida, mas mais sábia.
E sabedoria não é alto QI. Sabedoria é a capacidade de a todos discernir e por ninguém ser discernido. Não porque se é complexo por demais, mas porque se buscou o caminho da simplicidade na vida – que é feita em tribulações.
Tal certeza nos liberta do medo, não nos lança nos braços de um positivismo simplório e nem nos torna reféns dos sugadores de alma, que perambulam em tudo que é lugar.
Bjão,
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