30.8.08

O amor se estrepou

Amor é bicho instruído.
O amor subiu na árvore
Em tempo de se estrepar.
Pronto, o amor se estrepou.
Daqui estou vendo o sangue
que escorre do corpo andrógino.
Olha: o amor pulou o muro
Essa ferida, meu bem,
às vezes não sara nunca
às vezes sara amanhã.

Carlos Drummond de Andrade

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Um comentário:

Felipe Fanuel disse...

Ler Drummond é sempre bom. (Até rimou!) Somos conterrâneos, e ainda moro na cidade em que ele passou boa parte de sua vida até morrer. A diferença: ele estava em Copacabana, eu em Vila da Penha, subúrbio. (rsrsrs)

P.s. 1: Pavarini, Quero indicar para você um blog de três exegetas bons de pena. Um deles, Osvaldo, foi meu professor no Seminário. O outro, Jimmy, foi meu contemporâneo lá. O teor dos posts é mais acadêmico, mas os assuntos são interessantíssimos. Dizem respeito à Teologia, Filosofia, História, Política e Fenomenologia da Religião.

P.s. 2: Dia desses recebi uma revista aqui com contribuição sua. Cristianismo Hoje. Parabéns pelo texto "A hora do streap-tease" e pela entrevista com o Gondim.

Um abraço.

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