Já não me sinto culpado.
Talvez seja normal de todos nós.
Deixar alguns nós parecer casual.
Entendo como devia.
Foi preciso ver onde não acreditava.
Na vida sua e naquele outro.
Em muitas vezes, de quem está do seu lado.
A grande questão da felicidade pode estar por perto.
Vejo algo próximo de aprender a libertar paixões.
Aprisionar os sentimentos desde então será um retrocesso.
Pois ainda estarão elas ali nos mesmos lugares?
Tocando a mesma música.
Vivendo como se atuasse.
Sorrindo do mesmo jeito.
Mas minha vida agora é outra.
Ainda há o direito de guardar uma gota de talvez?
Mesmo vivendo em outra felicidade, culpa agora é coisa de valor barato.
Pensar que nunca mais, deixava a ponta da alma dolorida.
Num caso, pela graça que teve.
Para o outro é pela intensidade que se renova de época em época.
E por fim, afinal, nossa história merecia um final melhor.
Meus sentimentos abissais agora estão bem aqui na minha frente.
É como se olhar no espelho e não ter o que esconder.
Ter certeza que não há nada de errado em acreditar.
Acreditar que pode haver tempo.
Tempo para aspas e parênteses.
Dario Caregaro, no blog Fenacistoscópio.
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14.9.08
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