Insistir na intromissão do nome Barack Obama, em qualquer que seja a crítica em sua coisificação publicitária, é um fardo que gera conseqüências interessantes. A comum exploração de sua imagem como um indivíduo de humildade ímpar faz da crítica o repúdio à referência óbvia do homem ideal, imaginativo, visionário.
Foi escrever sobre o tal e choveu canivetes em respostas que justificam - e assumem - a influenciação de sua imagem como detentora máxima da esperança, juntamente aos conceitos mais diminutos de hipocrisia: eu, o hipócrita inesperançoso.
A mistificação das esperanças em Barack Obama acompanha a inocência lúgubre de sua caracterizada imagem, religiosamente estabelecida. Mediante a fundamentação de tal candidato como ícone ao novo mundo, seu respaldo em falácias e argumentos forjados segue a tendência natural da influência por meio das referências inusitadas.
Obama é o primeiro candidato negro por um partido influente nos E.U.A. (a rejeição opera sob o argumento do racismo intrínseco ao crítico, afirmam), representa discursivamente as minorias latinas, joga com a aproximação ocidental dos ímpetos muçulmanos, vislumbra planos simplistas aos que gemem em dores com a degradação da economia ocidental.
A receita completa.
Entrar no âmbito das reais propostas - o único e suficiente detalhe que poderia desmembrar Obama - está fora de questão, excluído de qualquer hipótese analítica. Basta o rosto do personagem carismático e nele estará a completa formação do correto idealismo, detentor da Solução.
Se com Obama acompanha o coletivismo esperançoso, o armento nega o esforço para acompanhar suas idéias. Estampa-se seu quadro de sorriso confiável e a esperança aflora com emoção e sentimento unificantes. Sabe o candidato dessa falha dos grupos que pensam com os olhos da ficção, e por isso esforçar a necessidade de compreensão de seus projetos apenas assinaria a ruína de sua própria imagem, sacralizada aos teores da ignorância - no sentido estrito da palavra -, daqueles que afastam qualquer preceito duvidoso.
A esperança em Obama se mantém com a visualização nuviosa da realidade, e quão confortável é imaginá-lo atrás da neblina, desconhecido imponente, misteriosamente iluminado pelos holofotes da multidão que proclama o grande líder. De fato se faz necessária a obtusidade para que não se apague o entusiasmo dos beatos.
Filipe Liepkan, no blog O Templo Felpo.
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26.10.08
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Um comentário:
Será que ele é remake do Super-homem? (ahhhh).
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