15.11.08

Quem sou eu?

A vida não é ela mesma um jogo? De forma alguma estou dizendo que o jogo não é sério. Milhões são a ele sacrificados, diariamente. Militares que tomam decisões sobre construção e alocação de bombas atômicas e alocação de tropas não se comportam exatamente como jogadores de xadrez?

E a economia? Os investimentos na Bolsa? Tudo não se processa num estranho paralelismo com as regras de jogos? E nós, por não podermos evitar as máscaras, desempenhamos nossos papéis no palco, como teólogos, professores, amantes, policiais, revolucionários, crentes, cientistas...

Claro que em muitos dos jogos as pessoas se esquecem de que estão jogando. Seus jogos se transformam em coisa séria, os reis, e os palhaços não mais riem de si mesmos e nem lavam o rosto ou vestem pijamas quando vão dormir. Perderam a memória de quem são.

Rubem Alves em Variações sobre a vida e a morte ou O Feitiço erótico-herético da teologia.

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