O chamado "sobrenatural" não é outra coisa senão outra dimensão da natureza. O Anjo do Senhor que desce e a multidão das milícias celestes que louvam são apenas a presença da parcela não-caída da criação, e que está – e sempre esteve – em comunhão com o Senhor. Mas, o anjo desceu... até os pastores: pessoas comuns, trabalhadoras, mas, também, pecadoras caídas. Ele desceu até o campo, até a terra, até esse esférico de minerais. Lá encima tivemos uma estrela, outro astro de minerais.
Cá em baixo estavam os rebanhos no campo (vegetais), seres viventes irracionais criados pela Providência. Estavam os animais que rotineiramente vivam e comiam na estrebaria. Estava uma família: José e Maria. Depois apareceriam outros personagens – bem históricos: os sábios do Oriente, o rei Herodes com seu decreto, as milhares de crianças mortas pelo decreto real.
A natureza toda – homens, animais, minerais, vegetais – foram criados, caíram, gemem por sua redenção, são alvo do amor de Deus, são atingidos pela Graça e pela Redenção. Há respostas positivas e há permanência no pecado.
No meio do drama humano uma criança humana, mas não somente humana. E nós ainda como somos, mas a caminho do que seremos.
O mundo passa, seus impérios e seus reis, seus sistemas, suas idéias, suas "ondas", seus poderes. Tudo passa. Enquanto estamos aqui o anjo desce até nós. Ele veio; ele virá. Ele nasceu; Ele nasce; Ele renascerá.
Anjos, astros, carneiros, gramas, pastores: "Glória a Deus nas Alturas!".
O poder nos foi dado. A paz interior é possível. A comunidade messiânica foi fundada para ser o novo povo da aliança, com uma missão.
Feliz Natal!
Robinson Cavalcanti, bispo anglicano.
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25.12.08
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